Dar crédito a toda foto e informação. Esta é uma das regras seguida pela página Memória desde os tempos em que era uma coluna de rodapé. Quem forneceu a foto publicada? Quem fez a imagem? (uma informação nem sempre conhecida). Quem a localizou? Que cenário identifica? Qual a data do clique, pelo menos o ano aproximado? Simples assim.

Esta política – primária no jornalismo – além de tudo sempre resultou numa confiança maior por parte dos colaboradores. Estes ficavam sabendo que a sua colaboração seria reconhecida publicamente.

Resultado: o mesmo colaborador descobria outros fatos e imagens, que seriam igualmente confiados ao repórter. Claro, não raras vezes exageros foram cometidos. O mesmo colaborador tratava de entupir a gaveta da Memória com todo tipo de material, muitas vezes de barata promoção pessoal, sem interesse maior pelo conjunto dos leitores.

Ruim? Que nada. Era a oportunidade de se abrir um diálogo entre a coluna e o colaborador. Este é um dos segredos do bom êxito deste espaço.

Outros exageros são observados: o assessor do político ou do empresário que insiste em divulgar as excelências do chefe. Algo também comum no jornalismo, sempre tirado de letra.

À medida em que os anos foram passando ficava mais claro que um novo espaço, aqui no Diário, atrevia-se a se igualar a outras seções clássicas, nas várias áreas: Política, Economia, Esportes, Social, Cidades, Educação etc.

No fundo, no fundo, fazer Memória como exercício do jornalismo é enveredar por todos os espaços noticiosos, ora focalizando uma família, ora um jogo de futebol, uma atividade cívica, uma eleição política, uma greve de trabalhadores, um show artístico, um congresso de história... Sempre citando fontes. Sempre procurando ir além da simples publicação da foto como curiosidade.

A imagem aí está. Pode e deve ganhar interpretação, outro instrumento do jornalismo, nas suas várias versões: o informativo, o opinativo, o interpretativo.

Como vê o leitor, fazer Memória no Diário tem suas bossas. Você é o editor. Os repórteres são os moradores, os pesquisadores acadêmicos e não acadêmicos que curtem história e memória e têm o faro de identificar as preciosidades que desfilam diaramente por aqui já lá se vão... 30 anos. Dá para acreditar?

Diário há 30 anos

Sexta-feira, 4 de setembro de 1987 – ano 30, edição 6538

Manchete – Seis menores executados por vigias em São Bernardo

São Caetano – Fornecedor do DAE admite ter emitido notas frias.

Diadema – Paralisadas obras na usina de lixo.

Mauá – Prefeito Leonel Damo não negocia com grevistas.

Saúde – Piora a situação da Saúde em São Bernardo. Somente dois hospitais mantêm convênio com a Previdência Social. Os 185 leitos destinados aos segurados são insuficientes para atender à demanda.

“A situação é caótica”, admite o médico e secretário de Saúde, Willian Dib.

Teatro – A Dama do Cais, de Carlos Alberto de Nóbrega, tem estreia nacional no Teatro Municipal de Santo André. No elenco, Thaís de Andrade e Alice de Carli.

Em 4 de setembro de...

1917 –Volta a agitar-se em São Paulo a questão operária: haveria uma nova greve geral?

A guerra. Do noticiário do Estadão: Trieste novamente bombardeada pelos italianos; aeroplanos alemães na costa Oeste da Inglaterra.

1962 –Vereador Antonio Ferreira dos Santos, o Ferreirinha, toma posse como prefeito de Santo André.

Santos do dia

Rosália, Moisés, Vitalício e Marcelo

Municípios Brasileiros

Celebram seus aniversário em 4 de setembro:

Em São Paulo, Santa Rosa de Viterbo;

No Piauí, Buriti dos Lopes, Gilbués e Simplício Mendes;

Em Goiás, Ceres;

Em Tocantins, Dois Irmãos do Tocantins;

No Rio Grande do Norte, Pau dos Ferros;

Em Pernambuco, Paulista;

No Ceará, Potengi;

No Paraná, Reserva do Iguaçu. (Fonte: IBGE)