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Setor de cosméticos deve faturar R$ 17 bilhões
Por Gabriela Gasparin
Especial para o Diário
23/09/2006 | 19:16
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Há cinco anos crescendo cerca de 10,7% em média, as indústrias brasileiras de cosméticos, higiene pessoal e perfumaria viram seu faturamento saltar de R$ 7,5 bilhões em 2000 para R$ 15,4 bilhões em 2005. Em 2006, o setor deve superar esses números: a previsão é ter um incremento de 14% nas receitas e fechar o ano na casa dos R$ 17 bilhões. E o Grande ABC não está fora desse mercado. Só a região movimenta 10% da produção nacional do segmento.

Além do Pólo de Cosméticos de Diadema, que concentra mais de 100 empresas do ramo - no país são 1,3 mil - há uma série de parcerias entre prefeituras municipais e APLs (Arranjos Produtivos Locais), nas demais cidades da região. Se em âmbito nacional a meta é crescer 14% em 2006, no Grande ABC as empresas do pólo projetam uma expansão um pouco menos agressiva, de cerca de 12% neste ano, ou dois pontos percentuais abaixo da meta nacional.

De acordo com o presidente da Abihpec, João Carlos Basilho, um dos fatores que favorece o bom desempenho do setor é o preço estável dos produtos - medidos pela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). “Há uns três anos que não aumentamos nossos preços. Essa medida favorece as compras de cosméticos no país, inclusive pelo consumidor de renda mais baixa”, relata.

Consumo – O Brasil conta com o quarto maior mercado consumidor do mundo e, neste ano, deve chegar ao terceiro lugar, segundo informação da Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos). O motivo da subida no ranking é claro: as vendas no varejo deverão ter um aumento de 22%, somando R$ 16,7 bilhões.

Com isso, o país ultrapassaria a França em consumo do produto, ficando para trás apenas dos Estados Unidos e do Japão.

O aumento do poder aquisitivo das mulheres, que hoje representam 58% do mercado de trabalho, é outro fator que contribui para o aumento das vendas, informou Bastilho. “As pessoas também têm uma necessidade cada vez maior de manterem uma boa aparência”, concluiu.

Para aumentar esses números, uma das buscas do setor é diminuir a carga tributária – com a redução de 2% da alíquota de IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados). “Estamos tentando provar para o governo que nossos produtos também são essenciais para o consumidor”, destacou Basilho.

Exportações - Já as exportações das empresas do segmento devem chegar aos US$ 500 milhões, com um crescimento de 25% em relação a 2005, segundo o presidente da associação.

Um estímulo para o aumento das exportações está na Rodada Internacional de Negócios, que acontece na 16ª Feira Internacional da Beleza.

De acordo Basilho, 22 compradores de 17 países participam do evento, que conta com a presença de 74 empresas nacionais do segmento. “Estão previstas cerca de 550 reuniões e esperamos fechar negócios na ordem dos US$ 5 milhões.”
(Supervisão de Fernando Bortolin)




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