Setecidades Titulo Tragédia
Embriaguez ao volante causa batida e mata pai de família

A moto do soldador Iury de Oliveira Xavier, 45 anos, foi atingida por condutor alcoolizado

Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
20/09/2016 | 07:00
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Divulgação


A mistura fatal de álcool e direção tirou a vida do soldador e entregador de jornais Iury de Oliveira Xavier, 45 anos, no fim de semana. Um rapaz de 19 anos, que dirigia um automóvel Fiesta em alta velocidade, colidiu na traseira da motocicleta que Xavier pilotava para fazer o serviço de entrega de jornais, no fim do viaduto Antonio Adib Chammas, início da Rua dos Alpes, na Vila Curuçá. O bairro é onde reside o homem que causou a colisão.

A vítima saía de casa, na Vila Guiomar, no município andreense, todos os dias às 3h e retornava entre 5h e 6h. No momento do impacto, a vítima bateu com a cabeça no para-brisa do carro e foi arremessada pelo menos 30 metros para frente, enquanto o veículo arrastou a moto por 200 metros.

Foi constatado que o condutor do carro havia ingerido bebida alcoólica e ele foi preso em flagrante por homicídio doloso (quando há intenção de matar). Encaminhado ao 2º DP (Camilópolis), não ficou detido após pagar fiança no valor de R$ 5.000.

Xavier foi levado ao CHM (Centro Hospitalar Municipal), de Santo André. Lá, ele sofreu duas paradas cardiorrespiratórias e houve a tentativa incessante de reanimá-lo por 27 minutos, mas ele não resistiu. Traumatismo intracraniano seguido de hemorragia interna foram as causas da morte.
“Eu acreditava que a lei fosse cumprida, mas ela é frágil e, diante dessa fragilidade, há necessidade iminente de mudança nas leis, de se ter mais responsabilidade e compromisso”, falou a mulher de Xavier, Maria de Fátima da Silva Xavier, 43. Eles estavam juntos há 24 anos, sendo 18 casados e tiveram dois filhos: um menino de 14 e uma menina de 12.

“É preciso o fortalecimento das questões morais e religiosas na conduta desses jovens, que estão sendo perdidos para as drogas, o álcool e outros vícios. Com orientação ou até a educação que comece na infância, com parceria entre escolas e famílias, muitas tragédias poderiam ser evitadas”, ressalta Maria de Fátima. “O que falta, na verdade, é amor no coração”, completou.

Os dias que se seguiram desde o ocorrido têm sido de extrema dor, mas são nos filhos adolescentes que Maria de Fátima busca forças para seguir a caminhada. “É tudo muito doloroso e recente, então, fica difícil falar dos meus anseios. No momento, só consigo pensar que tenho dois filhos para criar e vou fazer o possível para que isso aconteça da melhor forma”, diz ela, que trabalha como funcionária pública da área da Educação, em Santo André.

Com emoção e muito carinho, ela lembra do quão especial era o homem com quem dividiu a maior parte de sua vida.

“Meu marido foi muito amado por todos que o conheceram e isso só acontece com quem tem amor para dar, então, esse será o seu legado. É isso que a gente precisa passar para o mundo: amor.” 




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