De cunho educativo – além de divertir, o texto de Carlos Guilherme Campos Ferreira visa alertar para a questão da Aids –, a peça sobe ao palco numa montagem da Cia. Viramundo, dirigida por Valdir Ramos.
Alergia a poeira e tropeções estabanados fazem parte do cotidiano de Crácula (Alessandro Hernandez), um vampiro que acorda depois de um sono de 300 anos e descobre que os tempos mudaram.
A Aids é uma realidade com a qual o ingênuo e atrapalhado Crácula tem de aprender a conviver. Por conta disso, o universo de vítimas do vampiro é reduzido.
Espécie de consciência de Crácula, Igor (Carlos Ricardo) é o ajudante que evita contato com sangue contaminado pelo vírus HIV. O espetáculo aborda tanto conseqüências da doença quanto meios de prevenção.
Ao final da sessão, por sinal, o público participa de um debate com o grupo, que é assessorado por médicos e psicólogos.
Um dos aspectos de que a peça trata é a solidariedade com soropositivos. Vamperua (Teresa Convá), noiva de Crácula, foi infectada por Marcelo (Marcelo Mendes). Ela não vai morrer, pois é uma vampira, mas sofre com as seqüelas da doença e o preconceito de Crácula, que se afasta dela.
O texto aborda também dois outros problemas relacionados à Aids: o descuido quanto ao sexo e o envolvimento com drogas injetáveis. Marcelo, que não sabe que está infectado, quer transar com a namorada Sandrinha (Dora Bueno) sem preservativo.
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