Política Titulo Ribeirão Pires
Saulo evita apurar conduta de GCM

Guarda atingiu munícipe imobilizado com gás de pimenta em Ribeirão; prefeito diz não saber do fato

Caio dos Reis
Do Diário do Grande ABC
26/09/2015 | 07:00
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Denis Maciel 22/6/15


A gestão Saulo Benevides (PMDB) evitou abrir investigação para apurar a atuação da GCM (Guarda Civil Municipal) na sessão da Câmara de Ribeirão Pires na manhã de quinta-feira. Na ocasião, um munícipe foi preso após ameaçar atirar pedra na sede do Legislativo. A população presente no local acusou a instituição de agir com truculência, já que, após o cidadão estar imobilizado, uma das guardas usou gás de pimenta no rosto do homem. A cena foi flagrada pela equipe do Diário.

Com itens polêmicos em pauta, a presença da população foi grande. Cerca de 150 pessoas estiveram na sessão aguardando, principalmente, a votação de requerimento para abertura de CPI da área da Saúde e a revogação da concessão de cesta básica para o funcionalismo – a comissão foi instaurada por unanimidade e o benefício, revogado por nove votos a oito.

Do lado de dentro da sede legislativa houve apenas gritos e manifestações. O clima esquentou do lado de fora, quando um munícipe, com sinais de embriaguez, ameaçou jogar pedra na janela. A GCM agiu e imobilizou o homem, que foi conduzido à viatura da corporação. Após ser atingido com gás de pimenta diretamente em seu rosto, o rapaz passou mal no jardim da Câmara.

Por meio de nota, o Paço alegou que “a atuação da GCM foi fundamental para evitar depredação da Casa e preservação da segurança da população que assistia à sessão da Câmara”. “Caso haja denúncia de abuso ou truculência por parte da equipe de segurança, os fatos serão apurados. A Prefeitura desconhece ter havido qualquer tipo de abuso durante o episódio”, comentou.

O prefeito Saulo Benevides confirmou que não existe nenhuma solicitação e não será tomada nenhuma atitude até o fechamento desta edição. “O que me passaram foi que um senhor estava alterado e ameaçou jogar uma pedra em um vereador. Não sei o que de fato aconteceu, já que eu não estava lá”, disse.

CPI DA SAÚDE
Com adesão dos 17 vereadores, a CPI para investigar a área da Saúde foi instaurada na sessão passada. Agora, o presidente da Casa, José Nelson de Barros (PSD), irá definir os cinco integrantes no prazo de dez dias.

Em nota, o Paço informou que “dará todo suporte para colaborar com as investigações, embora desconheça necessidade de abertura de comissão”.

Saulo contestou o fato de a CPI ter sido instaurada em um momento próximo do pleito. “Estamos chegando perto de uma eleição. Não vejo nada que abone essa atitude agora”, argumentou o chefe do Executivo, que buscará a reeleição no ano que vem. 




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