Em recente plenária que reuniu lideranças do PT de Santo André, o ex-deputado federal Vanderlei Siraque (PT) sugeriu publicamente a reedição de chapa pura petista na cidade na disputa eleitoral de 2016. O ex-parlamentar deixou em aberto, inclusive, a discussão de ele próprio entrar na briga para ser o candidato a vice do prefeito Carlos Grana (PT), indicando que a dobrada ficaria fortalecida com a eventual troca da detentora do posto, Oswana Fameli (PRP). A declaração de Siraque se dá após período longe dos holofotes, em razão da derrota em tentar renovar cadeira na Câmara Federal, em outubro.

Grana estava presente no evento e evitou falar da postura do correligionário. A fala de Siraque vai na contramão ao posicionamento adotado até agora pelo prefeito de manutenção da vice, embora haja debate interno sobre outros nomes do futuro arco de alianças – que poderiam compor o quadro com maior poderio de votos. A análise é de que o cenário, durante a campanha, será de forte acirramento, com ao menos seis adversários no páreo, especialmente devido o desgaste do PT no âmbito nacional.

Embora incipiente, a possibilidade de chapa pura é fomentada no PT em praticamente todas as eleições majoritárias – anteriormente, a sigla dificilmente abria a dobrada para legendas da coligação. Acordo interno não seria novidade no histórico. Das cinco vezes em que venceu a concorrência pela Prefeitura de Santo André, o petismo utilizou este modelo em quatro – três com Celso Daniel, morto em 2002, e uma com João Avamileno. Siraque foi o primeiro, em 2008, a ‘estender’ a mão a aliados – teve o PDT como vice –, quando perdeu o pleito.

O prefeito já adiantou que mantém conversas avançadas para contar com, pelo menos, seis partidos em seu apoio, entre eles, PSD, PDT, PR, PRP, PCdoB e PHS.