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Projeto une aprendizado e solidariedade

Educadora da rede de ensino estadual de Ribeirão Pires estimula jovens por meio de gincana

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
07/10/2014 | 07:03
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Andréa Iseki/DGABC


 Ensinar jovens a somar. Essa é a tarefa da professora de Matemática da EE Dom José Gaspar, em Ribeirão Pires, Daniela Nogueira Paes. Preocupada com a dificuldade de aprendizado dos alunos do 1º ano do Ensino Médio, a educadora teve ideia de estimular o ensino por meio de uma gincana. Nasceu o Matemática do Bem, em abril de 2013, projeto que une conteúdo em sala de aula à experiência de ajudar o próximo.

“Notei o baixo rendimento dos estudantes e precisava fazer alguma coisa, então tive a ideia de dividir as turmas em três grupos e propor uma gincana a cada bimestre”, destaca Daniela. Além de resolver exercícios no menor espaço de tempo e demais atividades propostas, os alunos foram estimulados a angariar alimentos, produtos de higiene e limpeza para beneficiar instituições de caridade e, assim, somar pontos na gincana.

O ganho vai além da melhoria das notas na disciplina, comenta a professora. “Os benefícios serão conhecidos a longo prazo, mas já podemos notar que o ambiente em sala de aula melhorou muito. Eles passam a ser mais respeitadores.”

Para a jovem Kaori Kumazaki, 15 anos, sua evolução superou o campo do ensino formal. “Passei a ter mais interesse pela Matemática e minhas notas melhoraram, mas o melhor é saber que estamos fazendo o bem para o próximo, o que significa ser uma pessoa melhor”, considera.

Ao fim de cada bimestre os produtos arrecadados são distribuídos. Ontem foi a vez de 34 crianças de abrigos de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra serem beneficiados com festa em homenagem ao seu dia. Realizada na sede do Rotary de Ribeirão Pires, a ação social contou com cama elástica, piscina de bolinhas, pintura em rosto, oficina de escultura em bexigas, além de guloseimas como doces, refrigerantes e salgados e distribuição de brinquedos.

“É importante dar atenção a essas crianças, que não têm os pais e estão em abrigos. Além disso, a gente passa a dar mais valor para a nossa família”, considera o estudante Lucas Santos, 15, morador do Jardim Valentina.




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