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Dia de Santa Luzia atrai fiéis com missas e festas
Por Eliane de Souza
Do Diário do Grande ABC
14/12/2008 | 07:02
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Cerca de 500 fiéis se reuniram sábado na Paróquia Santa Luzia e São Carlos Borromeu, no bairro Príncipe de Gales, em Santo André, para celebração em louvor a Santa Luzia. A festa contou com cinco missas, apresentação do coral de crianças Os Canarinhos de Mauá e show de música sacra.

O padre José Aparecido Cassiano é quem dirige as missas para quem busca proteção dos olhos e relata a história da padroeira. "Santa Luzia era uma cristã que mantinha voto de castidade e iria casar-se a contra gosto. Como era admirada por ter belos olhos, retirou os seus e os deu ao noivo. Milagrosamente, ela ganhou novos olhos", explica o pároco, relatando a razão pela qual a santa é considerada a protetora dos olhos.

Os seguidores de Santa Luzia colecionam histórias de curas milagrosas. "Tive toxoplasmose durante a gravidez e o médico disse que meu filho poderia nascer cego. Fiz promessa à Santa Luzia e hoje meu filho enxerga tão bem que nem precisou mudar o grau dos óculos", emociona-se a dona-de-casa Dalvair Rossi Lopes, 61 anos.

Na infância, a aposentada Ozilda Parmegiani Torres, 65, pediu pelo pai que teve o olho ferido por um graveto. "Ele não ficou cego e morreu aos 81 anos sem precisar de óculos. Agora, todos os anos venho trabalhar na festa de Santa Luzia em gratidão".

A costureira Antônia Parluto Salato, 71, também diz ter sido agraciada por Santa Luzia quando sua mãe aplicou remédio indicado para dor de dente em seus olhos. "Ela não sabia ler e confundiu os rótulos. Na minha infância não tínhamos muitos recursos e eu poderia ter ficado cega. Mas ela rezou à Santa Luzia e eu fui curada", acredita a costureira.

Embora o dia em homenagem à padroeira dos olhos seja 12 de dezembro, a programação de comemorações se estende desde o dia 4 de dezembro e se encerra neste domingo com uma festa, que segue com recreação infantil, comercialização de guloseimas preparadas pelas devotas da santa e artesanatos confeccionados por assistidos da Associação Santa Luzia, que atende 30 famílias das comunidades Sacadura Cabral, Tamarutaca e Príncipe de Gales.

"Os assistidos contam com aulas de música e artesanato. A partir do ano que vem queremos contar também com atendimento oftalmológico gratuito", afirma a diretora social da entidade, Kátia Lima.




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