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O legado de Getúlio aos prefeitos locais
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
09/09/2014 | 07:11
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Dia 24 de agosto marcou os 60 anos da morte de Getúlio Vargas, então presidente do Brasil. Ditador, revolucionário, pai dos pobres... muitas foram as classificações dadas a ele ao longo da história. Uma das suas relações políticas, no entanto, foi pouco evidenciada, mas tem muito a ver com alguns prefeitos do Grande ABC. Getúlio não se dava bem com seu vice, Café Filho, indicado por aliados. Ao menos nesse quesito, três chefes de Executivo da região seguem a cartilha getulista. Em São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB) continua brigado com a número dois do Palácio da Cerâmica, Lucia Dal’Mas (PMDB). Em Diadema, faz tempo que Lauro Michels (PV) não fala a mesma língua da vice, Silvana Guarnieri (PTB). Em Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB) tem se distanciado da parceira de chapa (não de gestão), Leo da Apraespi (PSC). A situação mostra que a política, apesar de dinâmica e suscetível a mudanças repentinas, tem problemas enraizados que não retraem com o tempo. Getúlio governou o País por 18 anos (1930 a 1945 e 1951 a 1954). Administração marcada por alguns avanços, populismo exacerbado, tensas disputas políticas e um fim trágico, com o suicídio do presidente. Em sua carta-testamento, o comandante do então Palácio do Catete (então sede da Presidência, no Rio de Janeiro) escreveu com frieza: “Saio da vida para entrar na história”. Será que há mais características da Era Vargas nos prefeitos da região?

Longe
Por falar em vice, a número dois do Paço de Santo André, Oswana Fameli (PRP), tirou férias. Está longe do serviço público, mas “a trabalho pela Educação”, justifica ela, que participa na Turquia de programa para conhecer projetos educacionais e de gestão. Oswana é presidente da associação das escolas particulares do Grande ABC.

Ontem, hoje, amanhã
José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD) eram parceiros de primeira hora. Eram. Hoje concorrem ao mesmo cargo: senador. São adversários. Em entrevistas, evitam criticar um ao outro. Mas o programa de TV do pessedista tem atacado o tucano. Nele, Kassab diz que Serra já foi prefeito, governador e senador, 20 anos atrás. Independentemente de quem vença, voltarão a ser parceiros. Um dia.

Sessão quente
Expectativa da sessão de São Caetano, hoje, é pela votação do projeto de lei que institui a tribuna livre, para que o cidadão possa se manifestar na Câmara de maneira democrática sobre demandas e sugestões. Autor da proposta, Eder Xavier (PCdoB) convoca a população para ‘cobrar’ e ‘constranger’ o vereador que quiser votar contra o texto. 




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