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Três morrem em atentado a shopping ao norte de Israel
Do Diário OnLine
20/05/2003 | 00:21
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No quinto atentado terrorista contra Israel desde sábado passado, uma mulher de 19 anos detonou os explosivos que trazia junto ao corpo quando foi barrada na entrada de um shopping center em Afula (norte), nesta segunda-feira. Três pessoas morreram (além da suicida) e mais de 40 ficaram feridas no atentado, que foi reivindicado pelos grupos extremistas Jihad Islâmica e Brigadas dos Mártires de Al Aqsa (braço armado do grupo político do presidente Yasser Arafat, Fatah).

Afula, situada aproximadamente dez quilômetros ao norte de Jenin, é um reduto da Jihad Islâmica e sofre constantes ações do Exército israelense. A garota suicida só não detonou os explosivos dentro do shopping center Ha'amakin porque foi barrada na porta por um agente de segurança – que morreu instantaneamente.

Mapa da rota tortuosa - Foi o quinto atentado cometido por grupos palestinos contra israelenses desde o último sábado. Os quatro primeiros ataques foram reivindicados por um braço armado do Hamas.

No fim de semana, quatro ações isoladas provocaram nove mortes no território israelense. Na manhã desta segunda, um suicida explodiu artefatos que estavam amarrados à bicicleta e provocou ferimentos leves em três soldados israelenses na Faixa de Gaza.

A onda de atentados acontece em seguida à reunião entre os primeiros-ministros de Israel, Ariel Sharon, e da Palestina, Mahmoud Abbas, que se encontraram no sábado passado, em Jerusalém, para discutir o plano de paz elaborado pelo Quarteto de Madri (Estados Unidos, Rússia, Organização das Nações Unidas e União Européia). O chamado 'Mapa de Rota' prevê a criação de um Estado palestino independente e reconhecido por Israel até 2005, mas exige o fim da violência dos extremistas contra os judeus.

O governo de Israel reagiu energicamente aos ataques em série. Além de determinar mais incursões militares nos territórios palestinos, a administração israelense decidiu que qualquer diplomata estrangeiro que se reunir com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat, será considerado desrespeitador do primeiro-ministro Mahmoud Abbas (também conhecido como Abu Mazen) e não terá direito a ser recebido por qualquer oficial israelense.

A administração israelense também condenou duramente o presidente palestino, que está isolado há meses em Ramallah (Cisjordânia), pela violência. "Nós estamos convencidos de que Arafat é o primeiro e principal fator impedindo a decolagem deste processo (de paz)", afirmou o ministro da Defesa de Israel, Shaul Mofaz. "Esses ataques são parte de um esforço das organizações terroristas para provar ao mundo todo que o governo de Abu Mazen não tem o controle", afirmou o chefe do gabinete israelense, Ehud Olmert.

O gabinete palestino, por sua vez, afirmou que a resistência de Israel em aceitar todas as condições impostas pelo 'Mapa de Rota' é um combustível para a violência dos grupos extremistas. "Assim que o comprometimento de Israel chegar, nós trabalharemos juntos para alcançar um cessar-fogo completo e imediato; não por uma guerra civil com os palestinos, mas por meio de um comprometimento completo dos palestinos", afirmou o ministro do Exterior, Nabil Sha'ath.

Com agências




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