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A bordo em alto-mar
Leandro Laranjeira
Enviado ao Costa Magica
25/12/2008 | 07:18
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Não por acaso, os cruzeiros marítimos se tornaram uma opção de férias para os brasileiros. Desde os idos de 1950, quando os navios tiveram de procurar outro nicho em função do início da queda no número de imigrantes transportados da Europa para as Américas, as empresas do setor demonstram disposição para inovar nas opções de lazer.

Embora o Brasil ainda esteja longe dos índices de passageiros-hóspedes registrados nos Estados Unidos e Europa - em que milhões de pessoas embarcam todos os anos para diversos destinos - há indicadores de que o brasileiro começa a mudar a mentalidade na maneira de ver as viagens de navio, antes restritas a poucos. Com preços mais acessíveis e serviços que não deixam a desejar em comparação com resorts pentaestrelados, os transatlânticos têm um diferencial: o fato de o passageiro dormir em uma cidade e acordar em outra.

Atualmente, os navios - ou grande parte deles - são hotéis cinco-estrelas flutuantes, com programações para todos os gostos e idades. Para quem pretende gastar menos, os minicruzeiros são opções interessantes. A comida é farta. São cinco refeições diárias, com horários flexíveis.

Com diversas opções de destinos e de permanência a bordo, os navios são fábricas de entretenimento. Tanto que muitos passageiros preferem fazer a viagem apenas para desfrutar do próprio navio e ignorar o roteiro escolhido.

De maneira geral, os transatlânticos ficam atracados quando chegam a um destino do início da manhã até o fim da tarde. Neste período, o passageiro tem a liberdade para deixar a embarcação e escolher o que fará durante o dia. O hóspede tem, inclusive, a prerrogativa de definir quanto tempo ficará em terra livre, pois lanchas fazem o trajeto de ida e volta ao navio várias vezes.

Vale lembrar, porém, que, assim como em qualquer viagem de turismo, os passeios especiais organizados pela tripulação não estão inclusos no pacote. O pagamento é feito à parte, e em dólar (moeda oficial dos navios).

As opções internas são muitas. Piscinas, academia, quadra poliesportiva, aulas de dança de salão ou mesmo participação nas brincadeiras promovidas pela equipe de animação, cuja intenção é a de integrar os passageiros. Em boa parte do dia há música ao vivo entre uma animação e outra. Ao entardecer não perca a saída do transatlântico de uma cidade para outra. É um dos momentos mais bonitos da viagem.

À noite o cruzeiro fica ainda mais animado. Há tanta oferta de lazer que o passageiro se sente muitas vezes perdido. Música ao vivo, bares, discoteca, espetáculos inspirados em musicais da Broadway e jantares.

As festas são temáticas. Duas delas são os pontos altos da viagem: a noite tropical, na área externa, que geralmente encerra a estadia; e a noite de gala, dedicada ao comandante do navio - a tradição é mantida para relembrar o glamour de outras épocas. Não esqueça de levar uma roupa social, mesmo quando optar por minicruzeiros.

Para quem não gosta de agito, não há problema. Diferentemente das leis brasileiras, que não permitem os cassinos, no navio a jogatina é liberada - desde que a embarcação esteja em alto-mar, a 12 nós de distância da costa - aproximadamente 20 quilômetros.

É também à noite que um dos poucos incômodos da viagem pode aparecer: os temidos enjôos em função do balanço do mar. Nada que uma medicação não resolva. (O repórter viajou a convite da Costa Cruzeiros)




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