Uma idéia simples e muito útil deve ajudar a Poltter do Brasil, de São Bernardo, a dobrar o faturamento e até triplicar o número de funcionários.

De olho na evolução dos casos de dengue no País, a empresa criou um produto à base de espuma, que substitui, com vantagens, a areia que as pessoas têm colocado nos pratos onde ficam os vasos de plantas.

Com preço sugerido ao consumidor final variando de R$ 3,50 a R$ 5 conforme o revendedor e a cidade onde o produto for adquirido, o Stop Dengue, como foi batizado, é um anel de espuma, feito em diversas medidas para atender ao mais variados tipos e tamanhos de vasos e jardineiras.

Segundo o proprietário da Poltter, Claudio Moraes, o produto possui boas vantagens sobre a areia, pois absorve mais água e acaba servindo como dosador para a planta sem deixar espaço para o Aedes Aegypti (o mosquito da dengue) colocar seus ovos.

"Tive a idéia em 2002. Fui viajar e quando voltei o quintal estava cheio de areia porque a chuva forte havia arrancado dos vasos. Então, fiz a limpeza e tive a idéia de substituir a areia por espuma. Depois, percebi que seria interessante fazê-la no mesmo formato dos pratos", explicou.

FRUTOS
Mas a invenção, devidamente patenteada, só começou a render frutos no ano passado, depois que a empresa de Moraes participou de uma exposição do segmento de flores e jardinagem realizada em São Paulo, em outubro.

Foi quando diversas empresas se interessaram e passaram a fazer pedidos. Moraes, inclusive, comemora o fechamento do seu primeiro lote de exportação, que em poucas semanas seguirá para Atlanta, nos Estados Unidos.

EXPECTATIVA
"O empresário que fez o pedido viu o Stop Dengue exposto em uma loja da Capital. Gostou e entrou em contato. As negociações começaram em novembro e o primeiro lote será de 50 mil kits. Se o produto tiver a aceitação que estou esperando, é possível que o faturamento dobre e o número de funcionários triplique", afirmou Moraes.

A Poltter foi fundada em 2002, possui 12 empregados e fatura em torno de R$ 1,8 milhão por ano.