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Região tem 7ª suspeita de febre amarela
Por Aline Mazzo
Célia Maria Pernica
Do Diário do Grande ABC
24/01/2008 | 07:03
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A Vigilância em Saúde de São Caetano registrou mais um caso suspeito de febre amarela na cidade. O paciente tem 35 anos e, mesmo não tendo visitado áreas endêmicas recentemente, foi incluído na lista.

Segundo o assessor da Vigilância em Saúde Edson Raddi, o paciente chegou ao Pronto Socorro Municipal com febre alta e dores abdominais.

“Pedimos exames para leptospirose, dengue e febre amarela, pois os sintomas são muito parecidos. Ele foi medicado e aguarda o diagnóstico em casa”, diz. O resultado deve sair em duas semanas.

Com essa nova notificação, a região já soma sete pacientes com suspeita da doença. Além do novo caso em São Caetano, três são de Santo André, um de São Bernardo, um de Mauá e outro de Ribeirão Pires. Anteontem, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de febre amarela na região, em São Cateano.

POSTOS

Ontem os postos da região receberam comunicados da Secretaria de Estado da Saúde orientando que fosse priorizada a vacinação de pessoas que viajarão para áreas endêmicas. Mesmo assim, a demanda continuou significativa, pois boa parte das pessoas que compareceu aos postos disse que iria viajar.

“Sabemos que as pessoas estão mentindo, mas não tenho meios de impedí-las de tomar a vacina”, conta o funcionário do Centro de Saúde de São Caetano, no Centro, que preferiu não se identificar.

BLOQUEIO

Quinze agentes da Vigilância Sanitária de Santo André fizerem ontem o bloqueio contra o mosquito transmissor da febre amarela no entorno do Hospital Beneficência Portuguesa, no Centro.

O supervisor das equipes, Vagner Pedro Gianini, diz que se trata de um trabalho de rotina e prevenção. “Se os agentes encontrarem muitos focos na região, faremos então a nebulização, igual a que foi feita próximo ao Hospital Cristovão da Gama”, garante.

Os agentes vistoriaram locais que podem acumular água em prédios e casas. “Em locais de classes mais altas, encontramos muita resistência para entrar nas casas”, conta o agente Eurico de Marcos Jardim.

No jardim de um prédio residencial próximo ao hospital, o agente Lourival de Andrade Mendes encontrou algumas larvas em bromélias. “As larvas serão analisadas para saber se são do mosquito Aedes aegypti, mas tem 95% de chance de serem de mosquitos comuns”, diz o supervisor Gianini.

A zeladora do prédio, que se identificou apenas como Maria das Dores, afirma que sempre recebe visitas da vigilância. “A água da piscina é tratada, não temos pratos nas plantas e uso água sanitária nas bromélias”, afirma. O agente Mendes aplicou larvicida no local para matar as larvas e proteger as plantas por três meses. O resultado do exame da larva será divulgado hoje.



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