Economia Titulo Indústria
Após lay-off, GM cogita férias coletivas

Segundo sindicato, empresa estuda medida em
razão da baixa demanda do mercado automotivo

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
20/05/2015 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Depois de colocar 1.719 funcionários em lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho), a GM estuda dar férias coletivas para parte dos empregados da fábrica de São Caetano, cujo efetivo é de aproximadamente 10,5 mil pessoas.

A informação foi dada pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, que participou ontem de reunião com representantes da GM para tratar de medidas de proteção ao emprego. “Amanhã teremos outra reunião para definir a duração dessas férias coletivas e quantos trabalhadores serão atingidos”, diz o sindicalista.

Com a crise nas vendas do setor, a montadora busca medidas para diminuição de estoques e adequação da produção. Segundo Cidão, a montadora também sinalizou que pretende lançar mão de outra ferramenta para redução de produção, o chamado day-off (folga remunerada).

Na semana passada, a GM demitiu cerca de 150 funcionários, sendo que 100 estavam trabalhando e 50 haviam sido colocados em licença remunerada no dia 5. Cidão diz que a intenção da montadora era cortar cerca de 500 postos de trabalho, mas garante que os desligamentos foram suspensos depois que a categoria ameaçou iniciar greve.

Dos 1.719 operários em lay-off, 819 estão afastados desde novembro e têm retorno marcado para 9 de junho. Entretanto, a GM não garantiu que o grupo voltará, de fato, ao trabalho. Outros 900 colaboradores tiveram os contratos suspensos ontem.

Desde janeiro, cerca de 2.500 postos de trabalho foram fechados no Grande ABC, resultado do mau desempenho do setor automotivo no País. Em abril, 219,3 mil carros zero-quilômetro foram licenciados no Brasil, 25,2% a menos do que no mesmo mês de 2014. Na comparação com março, a redução foi de 6,6%.

MERCEDES

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC se reúne hoje com a direção da Mercedes-Benz, para discutir alternativas para a preservação de empregos na fábrica de São Bernardo. A montadora afirma que vai demitir, até o dia 29 deste mês, 500 pessoas atualmente em lay-off e que vai colocar em férias coletivas a área produtiva (cerca de 7.000 funcionários) a partir de 1º de junho, por causa da fraca demanda do mercado, do excedente de 1.750 trabalhadores na unidade fabril e da baixa adesão ao PDV (Programa de Demissão Voluntária). (Colaborou Leone Farias) 




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