Política Titulo Ribeirão Pires
'Hoje eu não penso em ser prefeito', diz Dedé
Por Do Diário do Grande ABC
15/12/2008 | 07:00
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O atual presidente da Câmara de Ribeirão Pires, Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), irá assumir, a partir de 2009, a vice-prefeitura da cidade. Ele foi eleito como vice-prefeito do município pela chapa do prefeito Clóvis Volpi (PV) e foi indicado como um possível sucessor em 2012.

A carreira política de Dedé teve início quatro anos atrás, quando disputou, pela primeira vez, o cargo de vereador. No terceiro ano de legislatura, foi escolhido Presidente da Casa. "Sou formado em jornalismo, nunca tinha pensado em ser político, mas por influência da família acabei concorrendo nas eleições e peguei gosto", disse.

Apesar da indicação do prefeito, Dedé afirma que ainda não pensa em ser Chefe do Executivo na cidade. "Uma coisa de cada vez. Eu fico honrado, mas o que eu quero, na verdade, é trabalhar estes próximos anos e discutir 2012 num momento oportuno. Hoje eu não penso em ser prefeito, mas sim colaborar com o Volpi e aprender com ele."

A contribuição não virá com o comando de uma Secretaria, já que Dedé acredita que poderá ser mais atuante tendo "trânsito livre" em todas as pastas. para ele, o apoio da Câmara - as 11 cadeiras serão ocupadas por aliados de Volpi - será fundamental para a governabilidade. "Não teremos oposição, mas isso não prejudicará a cidade.Os vereadores terão liberdade de colaborar com o governo e dar suas idéias, mesmo que elas sejam contrárias à administração.

Diário -Como o sr. avalia o processo eleitoral em Ribeirão Pires?
Edinaldo de Menezes, o Dedé - Foi muito positivo para nós. Ganhamos com 73,20% dos votos e isso foi um reconhecimento da população pelos quatro anos de trabalho do prefeito Clóvis Volpi. Embora a oposição tenha dedicado 100% da campanha provocando a gente, nós não caimos nas provocações, e conseguimos ter uma disputa eleitoral bastante tranqüila no que diz respeito a confronto. Apenas buscamos votos

Diário - Qual foi sua participação na campanha do Volpi?
Dedé - O plano de governo foi elaborado com a participação popular, que sugeriu os benefícios necessários para a cidade. Participei efetivamente de reuniões. Eu de um lado e o Volpi do outro para atender a demanda.

Diário - O que o sr. espera dos próximos quatro anos?Há o risco de acontecer o mesmo que ocorreu com a prefeita Maria Inês Soares (PT) que nos primeiros quatro anos de gestão foi bem avaliada, mas não atingiu as expectativas dos eleitores no segundo mandato?
Dedé - Eu espero um governo melhor que os primeiros quatro anos do Volpi. Acho que a história não irá se repetir. O Volpi tem características diferentes da Maria Inês. Ele tem uma experiência maior em administração, é mais popular, tem um contato maior com a população. E quanto mais próximo dos munícipes, mais fácil fica descobrir os anseios da população. Eu acho que ainda temos muitas coisas boas para acontecer, como a nova rodoviária, o Complexo Hospitalar, a pavimentação do distrito de Ouro Fino. E tudo vai acontecer no seu devido tempo. Não tenho dúvida que será um mandato senão igual, melhor que o primeiro.

Diário - Qual será sua contribuição para a cidade como vice-prefeito?
Dedé - Ah, eu quero ser o braço direito do Volpi. Quero participar de todas as discussões e execuções de projetos da Prefeitura. Quero e deverei ter um trânsito no governo como um todo.

Diário - O sr. pretende assumir alguma secretaria?
Dedé - Não deverei assumir secretarias, justamente para ter este trânsito maior em todas as pastas e poder colaborar com o prefeito e com os secretários na execução dos projetos.

Diário - O Volpi disse que o sr. foi escolhido como vice-prefeito para que nas eleições de 2012 você assumisse o papel de sucessor dele. Como o sr. analisa este fato?
Dedé - Na verdade esta conversa de que o Volpi disse que eu serei seu sucessor não existe. Isso ainda é muito prematuro. Eu fico honrado, mas o que eu quero, na verdade, é trabalhar estes próximos anos e discutir 2012 num momento oportuno. Hoje eu não penso em ser prefeito, mas sim colaborar com o Volpi e aprender com ele.

Diário - O sr. acredita na possibilidade de que daqui dois anos o prefeito Volpi concorrer a deputado estadual e deixar a prefeitura nas suas mãos?
Dedé - Eu sinceramente não sei se ele tem estes planos e não conto com isso. Eu conto em estar com o Volpi nos quatro anos cuidando da cidade.

Diário - Como você avalia o fato de não existir oposição ao governo na Câmara a partir do próximo ano?
Dedé - Hoje a oposição já é muito restrita. Mas os onze vereadores que irão compor a Câmara de 2009 a 2012, são vereadores que tem suas idéias e projetos e que irão participar do progresso do município. Acho que a oposição é necessária em alguns momentos, mas os vereadores terão a liberdade de colaborar com o governo e dar suas idéias, mesmo que elas sejam contrárias à administração. Eu acho que a Casa será formada por pessoas que terão a liberdade de dar opinião. Hoje, teoricamente, temos como oposição apenas a vereadora Elzinha (PT) e o João Lessa (PSDB). E isso não muda muita coisa prque as discussões que a vereadora levantou nestes quatro anos de mandato podem ser levantadas por qualquer outro vereador na próxima legislatura. Independentemente da sigla partidária e grupo político em que ele está.

Diário - Quais os principais desafios de governo para os próximos quatro anos?
Dedé - teremos que melhorar bastante a saúde. Ela será o carro chefe da próxima administração. Temos também que manter a qualidade da educação e investir para a melhora da qualidade do ensino municipal. Mas há outros desafios como a conclusão do Complexo Hospitalar, que é um grande sonho para a população de Ribeirão Pires.

Diário - Só o Complexo Hospitalar resolve o problema de Saúde na cidade?
Dedé - Não. O Centro Hospitalar é a parte estrutural da Saúde. É preciso melhorar muito a parte de relacionamento humano entre funcionários e população. O atendimento precisa ser mais qualificado. A grande clama da população de Ribeirão Pires, por incrível que pareça, não é a falta de médico ou de remédio. É o atendimento que o funcionário do Hospital (São Lucas, que é o único municipal) ou das UBS (Unidades Básicas de Saúde) presta naquele momento ao munícipe.

Diário - O sr. está participando das decisões do prefeito para acertar o secretariado para a próxima gestão?
Dedé - Minha participação não tem sido oficial. Não tenho participado de reuniões para discutir as principais medidas para o período 2009 -2012. Mas eu e o Volpi conversamos sobre todos os assuntos relativos à Prefeitura. Oficialmente eu só serei vice-prefeito a partir do dia primeiro de janeiro. Por enquanto, continuo sendo o presidente da Câmara.

Diário - Uma das promessas do Volpi durante a campanha eleitoral é integração ônibus-trem, mas isto depende do Governo do Estado.O que o sr. acha disso?
Dedé - Na verdade não é uma promessa, é um trabalho para que isso aconteça no final. Existe sim, uma intenção da CPTM de reformar a estação e no futuro será discutida a integração. Em nenhum momento prometemos para a população a integração. Sempre a discussão foi: nós vamos continuar conversando com a CPTM a implantação da integração, uma vez que ela pretende reformar a estação de Ribeirão Pires.




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