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China está de braços abertos para o turismo
Por Heloísa Cestari
Do Diário do Grande ABC
Com AJB
19/08/2004 | 14:24
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A China está na moda. Em todos os canais de TV, páginas de jornais e revistas figura a bandeira vermelha de estrelas douradas. Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem acertado uma série de acordos, a lista cresce: vai desde facilidades na concessão de vistos até o intercâmbio de tecnologia no campo aeroespacial para diminuir a “distância” entre os dois países. Motivos para cruzar os mares não faltam.

De cultura riquíssima, o país que mais cresce economicamente no mundo guarda cenários admiráveis, entre monumentos, pagodes (templos asiáticos dedicados à adoração dos deuses) e palácios imperiais embriagados de significados históricos. Ao lado da Cidade Proibida, a Grande Muralha, o Templo do Buda de Jade e o Exército dos Soldados de Terracota – 11 dos guerreiros estiveram no Brasil há pouco mais de um ano – espelham a maioria dos cartões-postais do país, mas nem de longe são as únicas atrações por lá...

Um simples passeio pelas ruas da capital, Pequim, que se prepara para sediar os Jogos Olímpicos de 2008, revela um mundo fascinante, que se difere em número, gênero e grau do ocidental. Entre as largas avenidas, cada vez mais repletas de arranha-céus, onde brilham letreiros coloridos – traços de modernidade que invadiram o recluso território de Mao Tsé-Tung desde sua abertura econômica –, vendedores de olhos puxadinhos oferecem em suas barracas (entre peças de decoração, vestidos de seda e falsos relógios) espetinhos de grilos, cavalos-marinhos, escorpiões e besouros para saciar a fome! O requintado filé de cachorro, no entanto, foi proibido pelo governo.

Na verdade, a lei serviu como pré-requisito para a eleição do país como sede dos próximos Jogos Olímpicos, assim como a instituição de multa a quem cuspir no chão. Embora sejam tradições, pega mal para quem vem de fora!

Mas, em meio ao emaranhado de gente, não chega a ser difícil flagrar algum chinês cuspindo no chão. Afinal, apesar do empenho da população em cumprir as leis, trata-se de um hábito tão costumeiro quanto beber chá verde pelas ruas.

Isso sem falar no caótico trânsito das grandes cidades. Quem pensou em engarrafamentos se enganou. O maior problema por lá é cruzar as avenidas a pé: bicicletas e riquixás (cadeirinha de duas rodas puxada por um homem a pé) vindas de todos os lados não respeitam os sinais de trânsito. Portanto, olho vivo! E, ao contrário do deles, bem aberto.

Antigamente, o sinal vermelho, a cor do comunismo, era sinônimo de seguir em frente durante o “império” de Mao Tsé- Tung. Resultado: desde que o país resolveu abrir suas portas para o desenvolvimento econômico, os chineses passaram a ter de se adaptar aos padrões internacionais de considerar o vermelho como sinal de parar e o verde, de seguir em frente.

As praças que dão lugar a apresentações de calouros cantando velhos sucessos ocidentais em mandarim (!) são as mesmas que abrigam templos sagrados, marcos da forte tradição religiosa chinesa. E nos bonitos rios do país, os tradicionais pescadores, em seus estreitos barquinhos, mantêm uma tradição milenar.

Superpopuloso, este país concentra mais de 1 bilhão de habitantes, que se dividem entre as muitas religiões vigentes. A maior delas é o budismo, original da Ásia Central, fundado e difundido por Siddharta Guatama, o Buda (nascido em 26 de maio de 544 a.C.).

Personificada na figura dos monges, a religião ensina a atingir o nirvana (na filosofia budista, estado de ausência total de sofrimento) através do autoconhecimento. Além do budismo, profetiza-se o islamismo, o catolicismo e o protestantismo. Há também o chamanismo, a igreja ortodoxa oriental e a religião dongba.




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