A política sempre esteve atrelada ao futebol. Democrático ou militar, o governo brasileiro participou de epopéias, como na Copa de 70, influenciando até na escalação da seleção. Até Lula já deu seus pitacos. No Mundial da Alemanha, em 2006, trocou farpas com Ronaldo Fenômeno. Falou que ele estava gordo, ouviu do jogador que era um apreciador da cachaça. Quinta-feira, o presidente voltou a falar de futebol, mas, desta vez, sem tanta polêmica. Revelou um sonho: um amistoso entre uma seleção do Mercosul e uma européia. No seu time, dois jogadores têm lugar cativo: Ronaldinho Gaúcho e Messi, ambos do Barcelona.

Lula cutucou os argentinos, com quem trava uma luta para baixar os subsídios agrícolas. Nem o golaço de Messi na última semana fez o presidente mudar de opinião. Para ele, Ronaldinho Gaúcho é bem superior ao argentino. “Penso que o Ronaldinho é mais completo, porque tem mais idade. Esse menino (Messi) tem tempo para se transformar num craque excepcional. Talvez, essa seja a diferença entre um bom jogador e um craque. Um craque é como Maradona, como Pelé, que jogam bem todas as partidas todos os anos. Não só de vez em quando. Há coisas que vêm com o tempo. Messi tem tudo para ser um gênio. Ronaldinho é um fora de série. Tem que ser o líder de sua equipe, já que é o melhor”, disse.

O presidente quer ver um dia essa dupla com “uma camisa do Mercosul”. Segundo ele, “há uma compreensão total entre os países” fora de campo, que pode ser estendida para o futebol com a criação de uma seleção do bloco econômico.