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Diadema faz contratação emergencial de médicos
Por Nicolas Tamasauskas
Do Diário do Grande ABC
19/01/2004 | 21:47
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A Prefeitura de Diadema abriu nesta segunda-feira inscrições para contratação em caráter emergencial de 42 médicos que irão atuar no Programa de Saúde da Família e nas unidades da rede (UBSs, Hospital Público Municipal e Pronto-Socorro Central). De acordo com a assessora do prefeito José de Filippi, Denise Maria Ziober, os contratos – com duração prevista de seis meses – são necessários porque há uma defasagem na rede de saúde, resultado de aposentadoria de profissionais e pedidos de exoneração ou afastamento pontuais. O sindicato dos Servidores Municipais afirma que ocorreu um “êxodo” de médicos na cidade no ano passado, o que torna necessária a contratação emergencial, complementar a outra que ocorreu em outubro.

“Precisamos de profissionais até que seja concluído um concurso que está em andamento, cuja prova acontece no dia 25 de janeiro”, afirmou Denise. No concurso, serão contratados 92 médicos.

“Há uma defasagem normal. A contratação emergencial que estamos iniciando irá preencher vagas de médicos que se aposentaram e também casos de profissionais que deixaram a rede por vários motivos, além daqueles que estão em férias ou em licença”, disse Denise.

O presidente do Sindicato dos Servidores, Damião Sudário, garante, no entanto, ter ocorrido a saída de cem médicos da Prefeitura no ano passado, o que agravou a falta de profissionais, tornando necessária a contratação emergencial.

“Houve uma perda salarial de 40% nos últimos três anos, o que motivou a saída dos profissionais. Com isso, a situação da Saúde na cidade, que já não era boa, piorou”, afirmou.

Denise disse que a remuneração dos médicos em Diadema é similar aos valores pagos em outras cidades. “Não conhecemos nenhuma prefeitura que esteja pagando muito mais que aqui. Há uma equivalência grande de salários”, disse a assessora.

De acordo com o sindicalista Damião, há falta de profissionais nas UBSs, o que provoca espera de até um mês para atendimento. Segundo Damião, não ocorrem filas porque as consultas são agendadas por telefone.

Em setembro, o prefeito reconheceu que a Saúde passava por problemas e assumiu pessoalmente a secretaria. Ele atribuiu as dificuldades, em parte, ao bloqueio de R$ 7,5 milhões da receita do ano passado para o pagamento de precatórios.

Essa é a segunda contratação emergencial feita pela Prefeitura nos últimos quatro meses. Em outubro, 45 médicos foram admitidos da mesma maneira, além de outros 32 que haviam sido aprovados no último concurso público, convocados naquele mês. A rede possui cerca de 400 médicos. Segundo Denise, o último concurso ocorreu na gestão anterior à de Filippi.




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