Ela está de volta! Após abandonar o mercado brasileiro durante cinco anos, a Suzuki resolveu iniciar uma nova investida no País, motivada, lógico, pelo excelente momento pelo qual passa o setor automotivo nacional. E para dar início a esta nova empreitada, a montadora de origem japonesa traz o jipinho Grand Vitara.

É preciso destacar que, apesar de ser conhecida por aqui como uma marca de motos, a Suzuki esteve presente entre os anos de 1993 a 2003. Neste período, alguns modelos ganharam uma certa notoriedade, como o Samurai, o Shift e o mais famoso de todos, o Vitara.

O Grand Vitara - terceira geração do modelo - será comercializado com dois tipos de transmissão: manual de cinco velocidades, que parte de R$ 89,7 mil, e automática de quatro, que custa R$ 94,7 mil. Como opcional é oferecido apenas o revestimento dos bancos em couro, o que encarece em R$ 1.800 o valor do veículo. A tração é 4x4 permanente, com opção de reduzida - selecionada por meio de um botão no painel.

A convite da Suzuki, o Diário fez um rápido test-drive com o modelo. Externamente, o visual do Grand Vitara chama atenção. Com linhas modernas e bem definidas, ele não lembra em nada seus antecessores.

Internamente ele também agrada, com um acabamento de boa qualidade, painel de instrumentos de excelente visualização, comandos de ar-condicionado (digital) e tração, por exemplo, de fácil alcance, e boa posição de dirigir.

Rodando, o motor a gasolina 2.0 16V - que entrega 140 cv de potência a 6.000 rpm e torque de 18,7 mkgf a 4.000 rpm - mostrou talento para o conforto no perímetro urbano. Já nas estradas de terra, aclives e declives, a voluntariedade deu lugar à morosidade. Por algumas vezes, tivemos que puxar uma ‘primeirinha' para subir determinados morros. Isso deve-se um pouco aos 1.566 quilos do modelo.

Em termos de desempenho, de acordo com números fornecidos pela Suzuki, a versão manual, avaliada pelo Diário, alcança a velocidade máxima de 175 km/h e leva 12,5 segundos para ir de 0 a 100 km/h.

MERCADO
Na opinião do diretor-presidente da Suzuki Veículos, Alexandre Câmara, todos os carros que estão na faixa de preço do Grand Vitara são concorrentes, independentemente de serem utilitários esportivos ou sedãs médios. A previsão da montadora é de comercializar pelo menos 20 unidades por mês do modelo.

Inicialmente, a Suzuki trabalhará com dez concessionárias próprias em todo o País - três delas em São Paulo.

Dentro do prazo de pouco mais de um ano, a intenção da Suzuki é atingir o número satisfatório de 30 revendas no Brasil - que, para a felicidade daqueles proprietários do ‘velho' Vitara, estarão prontas para prestar serviços aos modelos antigos.

Suzuki estuda montar fábrica em Goiás dentro de dois anos

Os planos da Suzuki para o Brasil vão além das importações do utilitário esportivo Grand Vitara e, futuramente, do jipinho Jimny. De acordo com o diretor-presidente da importadora Suzuki Veículos Brasil, Alexandre Câmara, a montadora de origem japonesa tem a intenção de construir uma fábrica aqui no País. O Estado, inclusive, já está escolhido: Goiás.

E a opção pelo Estado do Centro-Oeste tem fundamento, pois o centro de distribuição de peças da marca está localizado em Catalão (GO) - mesma cidade onde está situada a fábrica da Mitsubishi, que tem como sócio o empresário Souza Ramos, um dos envolvidos na volta da Suzuki para terras tupiniquins depois de cinco anos.

O início das obras, no entanto, ainda não tem data definida. Mas, segundo Câmara, todas as decisões deverão ser tomadas dentro de aproximadamente dois anos. O valor do investimento para a construção da fábrica também não foi revelado - assim como o investimento feito para trazer a marca de volta ao País -, porém, o diretor-presidente garante que a obra será totalmente financiada por capital nacional.