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Matérias-primas petroquímicas serão atingidas pela inflação
Do Diário OnLine
18/05/2001 | 11:47
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O preço das matérias-primas petroquímicas e a substituição da energia hidrelétrica pela gerada a gás terão impacto na inflação. Os valores são cotados em dólares e os reajustes devem provocar um efeito-cascata na cadeia produtiva petroquímica, encarecendo diversos produtos finais.

A Petrobras é a única fornecedora de nafta, principal combinação de matérias-primas, no mercado interno. A nafta tem preço dolarizado, e por conta da alta da moeda americana, o preço da tonelada aumentou 4% em maio, e pode aumentar mais 14% em junho.

Os catalisadores usados pela indústria petroquímica de segunda geração, que compra derivados de nafta das centrais para transformar em resinas, são importados e, consequentemente, dolarizados.

Além disso, o racionamento de energia deve tornar a eletricidade entre quatro e seis vezes mais cara no pólo Camaçari, na Bahia, durante os possíveis cortes de fornecimento de energia determinados pelo governo. Já o pólo de Triunfo, no Rio Grande do Sul, não deve ser atingido pelo racionamento, mas o preço da energia poderá ser mais caro.

Em São Paulo, as três centrais petroquímicas, incluindo a de Mauá, têm geração própria de gás e os excedentes são suficientes para sustentar a produção dos clientes nos pólos.

O repasse do aumento dos custos, de 8% a 12% sobre o preço das resinas termoplásticas, será novamente tentado pela indústria. Os clientes da petroquímica e os transformadores de plásticos se uniram para não aceitar o aumento até agora.




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