Política Titulo São Bernardo
Luiz Marinho defende contrato com sindicato
Por Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
21/11/2012 | 07:00
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Alheio às movimentações da oposição, que deseja emplacar CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o convênio firmado entre a Prefeitura de São Bernardo e o Sehal (Sindicato de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC), o prefeito Luiz Marinho (PT) saiu em defesa do contrato firmado.

"A oposição tem que buscar pelo em ovo", disse o petista. Os opositores consideram exagerados os valores repassados pelo Paço ao sindicato, revelados em reportagens publicadas desde domingo pelo Diário. "Não vou discutir alegação. Existe um convênio feito com mais de 10 mil pessoas formadas e empregadas", completou.

Marinho não teme qualquer tipo de investigação ao convênio. "Não estamos na idade da pedra. Além do controle interno que fazemos, existe o Tribunal de Contas, que avaliará (se houver irregularidades)", sustentou.

O Sehal recebeu R$ 8,4 milhões nos últimos três anos para a formação de cozinheiros, salgadeiros, garçons, chapeiros e confeiteiros, por meio do Programa Retaurante Escola. Os repasses foram feitos em 2010 (R$ 2,8 milhões), 2011 (R$ 2,7 milhões) e neste ano (R$ 2,8 milhões).

O objetivo do convênio é desenvolver ações de formação, capacitação profissional e ocupacional aos alunos do EJA (Educação para Jovens e Adultos), nas áreas de alimentação e eventos. Os cursos são gratuitos. Segundo funcionários do Sehal, a Prefeitura mantém convênio com a entidade, fato desmentido pelo Paço, o que evidencia desencontro de informações entre os dois lados.

Um dos pontos de divergência diz respeito aos cursos de garçom e barman oferecidos na sede do sindicato. São cobradas taxas de R$ 96 a R$ 240, para quatro ou cinco dias, dependendo da área escolhida. Há descontos para associados, mas os critérios são subjetivos. Segundo atendentes ouvidas pelo Diário na quarta-feira, pessoas indicadas pela Prefeitura para se inscrever no local teriam benefícios.

Segundo as funcionárias, há parceria da Prefeitura para esses treinamentos. No entanto, a secretária de Educação, Cleuza Repulho, disse que o convênio com a entidade é exclusivo para cursos oferecidos no Cenforpe, não na sede do Sehal.

Respostas - Por nota, a assessoria do Sehal admite que se alguma atendente informou que há convênio com a administração petista nos cursos pagos e realizados na sede da entidade, houve equívoco. "Destaca-se que nenhum curso (realizado no Cenforpe) do convênio é pago. Todos são gratuitos, de acordo com os critérios de inscrição", diz a nota.

Segundo a assessoria, antes da existência do convênio, o Sehal já oferecia cursos pagos de capacitação voltados à categoria, visando a qualificação de mão de obra para o setor, o que não tem relação com o convênio junto à Prefeitura.

O sindicato informou ainda que a construção do espaço do Restaurante Escola ocorreu em etapas, com início de atividades em 2010, sendo inaugurado completamente em julho deste ano, quando a obra terminou.




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