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Atila e Gaspar vão para presídio de Tremembé

Prefeito afastado de Mauá e ex-secretário são transferidos da carceragem da PF na Lapa, em S.Paulo

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
30/05/2018 | 07:00
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O prefeito afastado de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), e seu ex-secretário João Gaspar (PCdoB) foram transferidos ontem da carceragem da PF (Polícia Federal) de São Paulo para uma das penitenciárias de segurança máxima de Tremembé, no Interior. A mudança ocorreu exatos 20 dias depois de a dupla ser presa em flagrante no âmbito da Operação Prato Feito, que investiga desvios em contratos de merenda escolar.

A princípio, Atila e Gaspar foram transferidos, pela manhã, para o CDP (Centro de Detenção Provisória) 3, em Pinheiros, na Zona Oeste da Capital. Às 19h15, deram entrada no presídio masculino Dr. José Augusto César Salgado, conhecido como P2.

O Diário apurou que tanto Atila quanto Gaspar estão em regime de observação numa cela de inclusão pelos próximos 20 dias, num cárcere comum, com camas de cimento, chuveiro e sanitário, porém, separados dos demais presos. Assim como os outros detentos, Atila e Gaspar terão de usar uniforme da penitenciária. <EM>

Desde a prisão, no dia 9, a dupla seguia sob custódia na carceragem da PF, localizada na Lapa, na Zona Oeste. Segundo a polícia, a transferência é de praxe. Ocorreu porque os detidos com mandado de prisão preventiva não permanecem definitivamente na sede da PF. Assim que presos, aguardam a liberação de vaga no sistema prisional do Estado. A prisão temporária da dupla foi convertida em preventiva no dia 11, pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região.

O prefeito mauaense ainda aguarda análise de habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal), que está na mesa do ministro Gilmar Mendes, para ser solto. Já a defesa de Gaspar ainda não entrou com o pedido. Segundo o advogado do ex-secretário, Rodrigo Teixeira Silva, Gaspar possui Ensino Superior. Atila, não – possui o Ensino Médio, segundo dados da Justiça Eleitoral.

Localizada a cerca de 150 quilômetros da Capital, a penitenciária para onde Atila e Gaspar foram levados possui capacidade para receber 408 presos, mas conta atualmente com população carcerária de 339 (veja detalhes na arte ao lado) detidos. A P2 de Tremembé abriga ou já abrigou condenados por crimes de repercussão nacional, como os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, condenados à prisão pela morte dos pais de Suzane von Richthofen, em 2002. É lá onde também está Alexandre Nardoni, sentenciado pela morte da própria filha, Isabella Nardoni, em 2008.

Mais recentemente, a P2 recebeu Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, apontado como operador do PSDB em esquema de fraudes na Dersa, além do prefeito de Mongaguá, Artur Prócida (PSDB), também preso da Prato Feito.

Atila e Gaspar são acusados de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na casa do prefeito, a PF encontrou R$ 87 mil em dinheiro vivo, guardados no armário da cozinha. Já na residência do ex-secretário foram encontrados R$ 588,4 mil, além de quase 3.000 euros. Ambos alegam inocência. 




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