A decepção por não ter conseguido comprar nenhum ingresso para a Copa do Mundo no Brasil fez com que o publicitário Sebastião Pereira, 52 anos, de São Caetano, pensasse em outra forma de viver a experiência de um Mundial dentro de casa. 

“Queria fazer algo diferente. Já que tenho autógrafos de quase todos os atletas tops do Mundo, resolvi homenagear o povo desta vez”, contou. “Está sendo ótimo. Estou curtindo uma Copa do Mundo do lado de fora do estádio”, acrescentou.

Tião da Bandeira, como é conhecido, pretende colher 10 mil autógrafos da população em uma bandeira – de oito metros por 11 metros – e fazer com que chegue até a Seleção Brasileira na final da Copa do Mundo, no Maracanã, Rio de Janeiro, no dia 13. 

“Gostaria que o bandeirão entrasse com os jogadores, nem que seja no aquecimento. São mensagens do Brasil inteiro. Quero mostrar que o povo está incentivando e quer muito a Seleção campeã”, explicou.

Para conseguir chegar ao número de assinaturas (já são 3.000), Tião rodou mais de 8.000 quilômetros com ela. “Passei por São Paulo, Fortaleza, Brasília e estarei em Belo Horizonte (hoje), no entorno do Mineirão, para as pessoas deixarem seus nomes.” 

O publicitário também fez questão de estender o objeto no Espaço Verde Chico Mendes, em São Caetano, na quinta-feira. “Não seria justo rodar o País e não ter autógrafos de munícipes da minha cidade.”

Para concluir seu desafio, se o Brasil passar hoje pelo Chile, Tião vai continuar carregando o objeto verde-amarelo para todas as partidas da equipe no Mundial. “Não perdemos nenhum jogo quando levei a bandeira para o local”, relatou animado.

Quando estiver pronta, o objetivo é entregar a bandeira para a CBF. Como Tião sabe que completar a sua missão não será tarefa fácil, torce para que o apelo popular o ajude a convencer a entidade. 

“Espero que eles cheguem até mim a partir do momento que a bandeira ganhar apelo nacional. Suspeito que a CBF já esteja sabendo. O pessoal de lá conhece meu trabalho”, declarou o são-caetanense.

 Para conseguir as assinaturas, o publicitário coleciona aventuras, algumas até perigosas, mas ele garante que nunca se arrependeu. “Já fiquei escondido debaixo de uma van para conseguir o autógrafo do Schumacher, fui atropelado para encontrar a Maria Sharapova e até expulso de um evento do Djokovic, mas dei sorte de conseguir pegar o autógrafo dele depois”, contou. “Sempre vale a pena. Todos ficam lisonjeados em assinar o símbolo de nosso País”, concluiu Tião.