Marcelinho Carioca trocou os gramados pelo cargo de embaixador do Corinthians, mas, ao despedir-se oficialmente do Santo André, o Senhor do Centenário do Alvinegro mandou um recado aos torcedores locais.

"Lá, virei embaixador, mas também serei uma espécie de manager do Santo André. Chega uma hora em que você precisa tomar atitudes na vida. Então, não pude recusar o convite maravilhoso do Corinthians. Mas quero deixar bem claro que não me desvinculo do Santo André nem da cidade em que continuarei a morar. Nem teria como me desligar. Meu filho Lucas (16 anos) é do juvenil do clube. O Matheus e a Marcela (gêmeos, 8) estudam em um dos principais colégios daqui. Enfim, existe toda uma estrutura emocional e familiar envolvida", conta o meia.

Segundo ele, um dos itens que mais pesaram na decisão de optar pela proposta do Corinthians é que, se não aceitasse, haveria acúmulo de tarefas entre a política e o futebol. Afinal, ele admite que, como pré-candidato a deputado federal (e de Romualdo Magro Júnior na dobradinha para estadual), seria atropelado pelos compromissos. "Minha agenda não permitiria que eu pudesse desempenhar normalmente as minhas obrigações como jogador profissional", supõe.

Marcelinho acredita que conseguiu criar elo tão forte no Santo André que seria impossível afastar-se do município. "Estou em casa. Falei ao Ronan (Maria Pinto, presidente da Gestão Empresarial) e ao Romualdo (Magro Júnior, vice) que estarei sempre pronto a colaborar. Vou colocar meu centro de treinamento (em Atibaia) à disposição. Quero investir no Santo André. Quem sabe, me transformar em dirigente, sei lá. Graças a Deus, saio feliz pelas portas da frente. Não levo mágoas de ninguém. Me orgulhei muito de vestir essa camisa e sei que pude honrá-la", jura o meia, que recebeu duas propostas, uma do Exterior.