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Gilson aguarda PMDB para ter chance no PT
Por Sérgio Vieira
Do Diário do Grande ABC
20/06/2006 | 08:30
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O ex-prefeito de Diadema Gilson Menezes (PCdoB) aguarda com muita expectativa a convenção estadual do PMDB, no próximo sábado, que definirá se a legenda apoiará José Serra (PSDB) ou ficará do lado de Aloizio Mercadante (PT). Se o partido de Orestes Quércia apoiar os tucanos, crescem as chances de Gilson vir a ser o vice do petista, candidato ao governo de São Paulo.

Há 10 dias, o PCdoB indicou ao PT o comunista ao cargo. Aliás, a escolha dos nomes para vice das duas chapas deverá estar sacramentada até domingo, cinco dias antes do encerramento do prazo legal (30 de junho) para que as siglas homologuem no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) seus candidatos. “O PCdoB está surpreso com minhas gestões (de 1983 a 1988 e de 1997 a 2000) em Diadema. Mas isso não quer dizer que o PT irá me querer. As minhas chances vão de O a 100%”, desconversa o ex-petista Gilson.

Mas, antes de subir no palanque ao lado de Mercadante, Gilson terá de vencer um batalha dentro de seu próprio partido, já que o PCdoB, que realiza convenção no próximo domingo, também indicou o nome da presidente estadual da legenda, Nádia Campeão. “Nós demos opção para o PT examinar. Qualquer um dos nomes seria bom”, diz ela, negando que haja preferência para algum dos dois.

Apesar de deixar claro a intenção do partido em ocupar a vaga, Nádia reconhece que a prioridade é da legenda de Orestes Quércia. “Até sábado, permanece o convite do PT ao PMDB. Se eles vierem para a Frente, todos encaram como natural politicamente que indiquem o vice, já que é um partido maior. O PT e o Mercadante nunca esconderam isso”, admite. Além do PCdoB, apenas PL confirmou a participação na chapa petista em São Paulo.

De olho na vaga de vice de Serra, o PTB deve indicar o nome do deputado estadual Campos Machado. Até o último domingo, o partido tinha como candidato a governador o deputado federal e ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho, que abriu mão em favor do tucano. “Nós fechamos com o Serra ontem (domingo). Achamos que era melhor não lançar candidato próprio, tendo em vista a polarização nacional que está se refletindo em São Paulo (entre PT e PSDB). Uma terceira via ficaria comprometida.” Segundo o petebista, o presidente do Conselho de Ética da Câmara, Ricardo Izar, também corre por fora, como segunda opção.

Diferentemente de Nádia Campeão, Fleury não acredita que a prioridade da vice seja do PMDB. “Acho que não. Seria um bom negócio dar o cargo de vice para nós porque temos mais de 100 prefeitos, nove deputados federais, 11 estaduais, além do tempo na TV”, avisa.



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