Política Titulo Custo dobrado
Obras consumirão
R$30 mi de Câmaras

Aumento de vereadores força novos projetos;
reformas recentes demandaram gastos similares

Raphael Rocha
do Diário do Grande ABC
22/04/2012 | 07:02
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O aumento no número de vereadores do Grande ABC motivou diversos parlamentos a iniciarem reformas nos prédios legislativos. Estruturas essas que, há poucos anos, receberam grande aporte financeiro. Em cinco anos, quatro Câmaras da região gastaram, juntas, R$ 30,2 milhões para novas instalações ou reparos. Agora, quatro Legislativos apresentam propostas que vão consumir mais R$ 30,7 milhões.

Em 2007, Mauá inaugurou sua sede atual. Em convênio firmado com a Fama (Faculdade de Mauá), o então presidente da Casa, Alberto Betão Pereira Justino (PTdoB), tocou a obra que ergueu o prédio nas antigas instalações universitárias, ao lado do Paço. O investimento na ocasião foi de R$ 4 milhões, custeados pela Fama.

Meses depois, a Casa precisou de reparos e gastou mais R$ 500 mil para serviços de instalação elétrica e hidráulica. As obras não foram suficientes, pois o prédio continua com infiltrações, vazamentos e goteiras. Para sanar os problemas, o atual mandatário do Parlamento, Rogério Santana (PT), abriu licitação que também adequará o espaço para receber os 23 parlamentares da próxima legislatura - hoje são 17. O petista quer despender R$ 750 mil.

O Legislativo de São Bernardo entregou o prédio anexo, em 2009, ao custo de R$ 5 milhões. A solenidade oficial foi marcada por grave falha na distribuição de energia elétrica. Depois de toda a reforma feita, ficou constatado que a cabine primária de energia elétrica não era adequada para suportar a estrutura. A Casa teve de gastar mais R$ 170 mil.

O presidente, Hiroyuki Minami (PSDB), anunciou no ano passado outra grandiosa reforma na sede. Serão investidos R$ 28,4 milhões em prédio que terá plenário, setores administrativos e salas de reuniões em três pavimentos, distribuídos em 8.000 metros quadrados. O alto valor da obra gerou embargos da Prefeitura às intervenções e a criação de comissão para acompanhamento do projeto.

Outra Câmara que, embora tenha passado recentemente por reforma, prevê novos gastos estruturais é a de Diadema. Em 2010, a Casa inaugurou plenário mais acessível, com a construção de antessala aos vereadores, alterações no plenarinho (onde ocorrem eventos de menor porte) e ampliação da mesa principal, com capacidade para suportar 23 vereadores - a cidade terá 21 parlamentares a partir de 2013. O gasto foi de R$ 440 mil.

No mesmo ano, a Casa autorizou reforma no primeiro andar do prédio, para construção de gabinetes e salas administrativas. A JPR Construções recebeu R$ 152,2 mil para concluir as intervenções, mas o serviço está incompleto. Atual presidente, Laércio Soares (PCdoB) lançou edital para terminar a construção. A dotação para investimento é de R$ 1 milhão.

Sem projetos para readequações, a Câmara de São Caetano também envolveu boa quantidade de investimento. A suntuosa obra na Avenida Goiás consumiu R$ 20 milhões dos cofres públicos - os dados nunca foram confirmados pelo Legislativo ou pela Prefeitura. Mesmo de grande porte, o prédio sempre precisou de novas intervenções. Recentemente foram construídas rampas de acesso a cadeirantes e sala de imprensa. O investimento foi de R$ 103,9 mil.

Ribeirão Pires abriu licitação para reforma em seu Parlamento. A cidade, que passará a ter 17 vereadores a partir de 2013, verá a Casa investir R$ 550 mil na nova sede.




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