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Santo André altera projeto do PA Bangu

Futura UPA terá ampliação de leitos, de 29 para 33, e separação do atendimento feito às crianças

Por Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
21/04/2017 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


 A Prefeitura de Santo André anunciou ontem mudanças no projeto de reforma do PA (Pronto Atendimento) Bangu, que será transformado em UPA (Unidade de Pronto Atendimento). A previsão é que a conclusão das obras no equipamento, que mantém média mensal de 12 mil atendimentos, ocorra até abril de 2018.

A gestão anterior em Santo André tinha a intenção de que a intervenção no PA Bangu – fechado desde dezembro do ano passado – fosse finalizada neste mês. Porém, conforme a atual administração, os recursos investidos pelo município, que anteriormente eram R$ 500 mil, saltaram para R$ 2,5 milhões. Somados aos repasses do governo federal (R$ 306 mil) e do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano (R$ 1,8 milhão), a obra passa a custar R$ 4,6 milhões.

Segundo o prefeito Paulo Serra (PSDB), o aumento no investimento foi possível graças às medidas de contingenciamento de gastos. “A gente economizou com cortes de cargos, carros oficiais, celulares, Carnaval e projeto da reforma que está na Câmara e prevê 40% de extinção de cargos comissionados. Além disso, tivemos aumento de arrecadação nominal de 25% e real em torno de 6%, descontando atualização monetária.”

Entre as principais mudanças na estrutura do local está a ampliação de leitos, que passam de 24 para 33 (o projeto anterior previa 29), separação do atendimento feito às crianças em ala pediátrica e instalação de ar-condicionado. O equipamento funcionará 24 horas.

A ideia é que o atendimento seja requalificado e o paciente não precise de encaminhamento para enfrentar filas em outros locais. “O conceito de UPA é bem diferente do Pronto Atendimento. É muito ligado aos princípios de humanização, acolhimento e classificação de risco. O processo de trabalho já está todo desenhado, no qual as equipes trabalham conjuntamente. O paciente chega e temos de dar diagnóstico. Ele não pode ficar internado sem que saibamos o que fazer”, informou a secretária de Saúde Ana Paula Peña Dias.

O projeto anterior previa que a UPA fosse de classificação dois, porém, com as adequações, o equipamento pode ser classificado como três. A mudança deve ocorrer após a reforma e mediante vistoria do Ministério da Saúde. “Temos esta capacidade, e a questão do porte três tem aumento nos repasses do governo federal”, afirmou Ana Paula.

Com a obra, o governo pretende resolver a demanda relacionada à Saúde na área do 2º Subdistrito. Apesar disso, a média de atendimentos não deve aumentar, já que corresponde à população da região – 30% dos atendimentos são feitos a moradores da Capital. “Estes 12 mil pessoas que vinham para cá anteriormente eram atendidas de maneira precária no corredor. Não tinha local decente para ficar”, afirmou a chefe da Pasta.

Conforme o prefeito, as obras não chegaram a ficar paradas, porém estavam em ritmo lento. “Tinha equipe mínima para não ter nenhum tipo de depredação, porque quando para de vez a gente começa a correr riscos. Mudamos o projeto com as economias feitas, e agora estamos retomando (obras) com reforço total.”




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