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Retíficas de motores serão padronizadas
Marcelo de Paula
Do Diário do Grande ABC
21/04/2008 | 07:00
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Não é raro uma pessoa se sentir perdida quando precisa levar o veículo para retificar o motor. Como confiar na empresa que está prestando o serviço e como saber se os procedimentos adotados são corretos e necessários? Essa tarefa ficará menos complicada quando for concluída a revisão da norma NBR 13.032, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que regulamenta a execução do serviço.

Esta normatização entrou em vigor em julho de 1996 justamente para garantir um procedimento padrão a ser adotado por todas as retíficas. O problema é que ela foi feita para facilitar a vida do reparador e, por esta razão, trata apenas dos procedimentos técnicos.

Outra questão é que, com o passar do tempo os motores sofreram mudanças tecnológicas. Componentes eletrônicos e dispositivos como os existentes em carros bicombustíveis não existiam quando a norma foi criada, daí a necessidade de ela ser revista.

“Além dos procedimentos técnicos a revisão, que deve ser concluída ainda este ano, procura favorecer aos consumidores, sejam frotistas, órgãos do governo ou pessoas comuns. De posse da norma, é possível saber tudo o que a empresa tem de fazer. O primeiro ponto é orientar o leigo”, comentou o presidente do Conarem (Conselho Nacional de Retíficas de Motores), José Arnaldo Motta Laguna.

Para Laguna, um ponto importante é a questão da responsabilidade de quem está fazendo o motor. “O consumidor precisa ter claro se ele está ou não entrando numa fria. Pela norma, o virabrequim precisa ser balanceado. Sabendo disso dá para questionar se a empresa tem ou não o balanceador. Se não tem, como fará o serviço?”, disse.

O diretor do Conarem e proprietário da Retífica de Motores ABC, de Santo André, Ricardo Nonis, acredita que a revisão tornará o setor mais profissional o que é essencial num segmento que conta com mais de 3.000 retíficas no País, responsáveis pela reparação de cerca de 4 milhões de motores anualmente.

“Há bons e maus prestadores de serviços como em qualquer área. Mas a norma vai ajudar muito. Além dela, o consumidor deve verificar se a retífica é filiada a alguma entidade, que exige dos sócios o cumprimento de regras, garantindo mais qualidade”, sugeriu.



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