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Ladrões agem na porta de escolas
Vanessa Selicani
Especial para o Diário
12/05/2007 | 07:09
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Assaltos na porta de escolas particulares do Bairro Cerâmica, em São Caetano, têm se tornado comum desde o começo do ano. Histórias como a do estudante C.Z., 15 anos, que teve um par de tênis, celular, mochila e material escolar roubados em menos de três meses são confirmadas por outros adolescentes.

A Polícia Militar diz que houve um aumento “sensível” neste tipo de ocorrência no bairro, mas não dá números.

As travessas da Rua São Paulo, como a Espírito Santo e a Tenente Antônio João, são as mais visadas pelos assaltantes, que esperam os estudantes saírem dos colégios para agirem.

A região tem duas importantes escolas particulares próximas uma da outra: o colégio Arbos e o Objetivo, que ficam, respectivamente, na Rua Rio Grande do Sul e na Tenente Antônio João.

Os funcionários dos estabelecimentos de ensino confirmam os roubos, que também seriam freqüentes na feira livre do bairro.

Já a diretora do Objetivo, Helena Ono Ogusuka, nega que seus alunos tenham problemas constantes com assaltos. Para ela, existem alguns casos específicos que não condizem com a realidade.

“Este tipo de roubo era comum há algum tempo, mas conversamos com o pessoal da ronda escolar e as coisas melhoraram”, afirmou Helena.

A diretora orienta os alunos para não vestirem roupas nem tênis caros, mostrar celular ou aparelhos de MP3 player. “Mas não adianta. Eles ficam andando para todo lado do bairro com objetos chamativos”, adverte.

O colégio Arbos também foi procurado sexta-feira pela reportagem, mas mesmo depois de quatro telefonemas e uma visita ao local, a direção não foi encontrada.

A mãe de um dos alunos, que preferiu não se identificar, fez boletim de ocorrência em todos os assaltos sofridos pelo filho e procurou a diretora. “O delegado orientou que falássemos com a direção do colégio para que eles peçam mais rondas policiais na região. Mas acho que não fomos atendidos”, conta a mãe.

Fazer boletins de ocorrência não é comum para este tipo de assalto. O tenente da Polícia Militar Robinson Castropil afirmou, através de um e-mail, que o planejamento da segurança é feito baseado em números reais. “Por menor que seja o furto, é preciso ir à delegacia registrar queixa para que os dados não fiquem mascarados e possamos fazer o planejamento”, explicou.

Os horários mais visados pelos assaltantes seriam, segundo a Polícia Militar, entre 9h e 20h. (Supervisão de Luiz De Salvo Neto)




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