O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), oficializou, em reunião na semana passada, que todos os secretários de seu governo precisarão reportar gastos de suas Pastas à chefia de Gabinete e ao setor de Planejamento, ambos liderados por Francisco José Rocha, sogro do chefe do Executivo.

A medida já estava em curso desde o segundo semestre do ano passado, mas em caráter extraoficial. Apenas a Secretaria de Saúde, chefiada pelo ex-prefeito José Augusto da Silva Ramos (PSDB), não terá de se submeter ao crivo de Chico Rocha.

Comenta-se nos corredores do Paço que a decisão decorreu principalmente pela corrida contra o tempo para atingir dispositivos constitucionais de investimento no fim do ano passado, como a destinação de 25% da receita com Educação.

Já em 2013, Chico Rocha havia designado servidores de sua confiança para trabalhar em setor de Orçamento de cada uma das 18 secretarias de Diadema.

O chefe de Gabinete também foi responsável pela política de contingenciamento de gastos implementada pelo governo Lauro, que tinha como objetivo separar recursos para pagamento de dívida herdada da gestão Mário Reali (PT) e aliviar folha salarial, já que recursos destinados ao funcionalismo estão próximos do limite prudencial estipulado pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), que é de 51,3% da receita líquida municipal.