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O show continua

Grupo comemora quase quatro décadas de estrada
e lança álbum Só Felicidade, com 14 faixas inéditas

Por Marcela Munhoz
20/04/2015 | 07:00
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Divulgação/Marcos Hermes


‘Mas iremos achar o tom/ Um acorde com lindo som/E fazer com que fique bom/Outra vez o nosso cantar/E a gente vai ser feliz/Olha nós outra vez no ar/O show tem que continuar.’ Com as mesmas alegria e vontade de seguir entoando sambas que ficaram para a história – como o qual pertence este trecho da música O Show Tem que Continuar, de 1988 – Fundo de Quintal está novamente ‘no ar’. Com quase 38 anos de estrada, o grupo acaba de lançar Só Felicidade (LGK Music/Radar Music, R$ 24, em média), álbum com 14 faixas inéditas. “Estamos muito felizes por atender aos pedidos dos nossos fãs, que vinham cobrando um CD só com canções inéditas após projetos que tinham muitas compilações e reproduções. O título (Só Felicidade) representa isso”, define Ubirany (repique e voz), que completa o pensamento: “Para um grupo formado por compositores, já estávamos muito tempo ‘parados’.”

Ao lado de Bira (pandeiro e voz), Sereno (tantã e voz), Mário Sérgio (cavaquinho e voz), Ronaldinho (banjo e voz) e Ademir Batera, Ubirany conta que a ideia do novo trabalho é só trazer músicas ‘para cima’. “Queríamos passar mensagens de alegria neste momento tão conturbado pelo qual a humanidade está passando.” Entre as músicas, estão Hoje tem Festa, Tudo de Bom, Pra Que Deixar pra Amanhã e Só Felicidade, primeira canção de trabalho do grupo.

Para compor o CD, que demorou apenas três meses para ficar pronto, o sexteto trabalhou junto em todas as etapas do processo, incluindo na composição. Ubirany confessa que escolher as 14 músicas que estão no álbum a tarefa não foi nada fácil. “Como os seis são compositores e como sempre recebemos ótimas letras de grandes amigos compositores, fizemos pré-seleção para selecionar 30 boas músicas e, enfim, chegamos às 14. Foi um processo bem democrático, todo mundo participou”, lembra o músico, que torce para que os fãs aprovem as escolhas.

Fazendo análise das quase quatro décadas de estrada do grupo, o cantor considera que o Fundo de Quintal conquistou gerações. “Sempre encaramos com dignidade tudo isso. O grupo tem essa coisa de ser lembrado pelos músicos da nova geração nos shows. Todo mundo continua cantando as nossas canções mais antigas, ainda quando eram gravadas em vinil – moda que voltou, aliás – e isso é muito gratificante, mas a responsabilidade também é grande. Por isso, temos a preocupação de nos esmerar na escolha do repertório e sermos fiéis ao samba raiz, sem tirar o pé do chão. Só vale se for para sambar”, conclui o bem-humorado Ubirany.




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