Esportes Titulo Márcio Bernardes
Final esperado
Do Diário OnLine
10/04/2015 | 07:00
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Quem acompanha esta coluna sabe que Muricy Ramalho estava caindo no São Paulo há algum tempo. O texto ‘Crônica de uma morte anunciada’, publicado há meses, contava os detalhes dos bastidores são-paulinos que estavam, desde aquela época, minando o treinador.

Os maus resultados e a saúde debilitada contribuíram para o fim do terceiro ciclo de Muricy no São Paulo. A torcida compreendeu a situação e a diretoria se mostrou aliviada. Realmente o desenlace foi bom para os dois lados. O próprio técnico sabe que não estava conseguindo mais fazer a roda girar. O time não tem padrão de jogo e alguns jogadores, taxados como craques, não estão reluzindo. Estrela sem luz não é vista, não aparece e não é valorizada. A diretoria faz a mudança mais comum no mundo do futebol, troca de técnico.

Talvez nova palavra, nova tentativa e novo discurso motivem um pouco mais alguns jogadores, que agora terão de provar, se ainda são craques ou perderão definitivamente a luz.

Tratamento

A reação de Fabrício pegou todo mundo de surpresa. O jogador errou ao gesticular, xingar a torcida e jogar no chão a gloriosa camisa do Internacional durante o jogo contra o Ypiranga, pelo Gauchão. A repercussão do caso gerou polêmica. Por incrível que possa parecer teve mais gente condenando do que compreendendo o desequilíbrio do ser humano. Ainda bem que o Cruzeiro foi rápido e contratou o lateral-esquerdo.

Agora se sabe que Fabrício tem problemas pessoais na família e não teve sustentação emocional para lidar com um sério problema. As vaias da torcida foram apenas o gatilho. Sua reação poderia ser até mais grave, dizem especialistas. Por isso, antes de condená-lo, a melhor ajuda seria orientá-lo. Esse pobre rapaz precisa de tratamento especializado. É verdade que não havia mais ambiente para continuar no Beira-Rio. Mas além do acerto de contas pecuniário, agora a diretoria do Cruzeiro faria muito bem se levasse o jogador para desfilar suas agruras no divã de um psiquiatra.

Quartas de final

Os quatro jogos deste final de semana consagram os quatro grandes e colocam os melhores times do Interior na disputa. Não houve nenhuma novidade. Lamentavelmente o balanço desta primeira fase é negativo. A audiência das TVs foi ruim, o público, com exceção dos mandos de Corinthians e Palmeiras, foi fraco, a técnica não brilhou, enfim, o modelo da Federação ajudou a qualificar para baixo o campeonato. Pior de tudo é que esse modelo é tão deficiente que podem acontecer injustiças na próxima fase. Porque o mata-mata virou mata e quando se decide em apenas um jogo, muitas vezes o melhor pode não ganhar.




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