Existe revolução na atualidade? Este é o questionamento que a Companhia Grite de Teatro se propõe a fazer durante a montagem "Cuba Libre", que estreia hoje, em São Caetano, às 20h. Os ingressos custam R$ 14 e R$ 7 (meia-entrada). A direção é de Kleber Di Lázzare.

Em comemoração aos 15 anos do grupo, o espetáculo sintetiza as dúvidas de cada integrante - em relação a vida, família e ascensão profissional - na história de sete jovens brasileiros que tentam, de todas as maneiras, alcançar o tão sonhado sucesso.

Edgard, Gorette, Helena, Jonas, Jocasta, Edson e Perdido estão na faixa dos 30 anos e abdicam de construir suas próprias vidas para lutar pelos direitos autorais da bebida Cuba Libre.

A famosa mistura de coca-cola com rum teria sido criada por Dona Omara e Seu Diego (avós de Jocasta e Gorette) na década de 1950, quando chegaram ao Brasil, fugidos da Revolução Cubana. Mas os norte-americanos também afirmam ter criado a tal bebida ao "libertar" Cuba da Espanha.

Essa briga na justiça leva 50 anos e, na semana em que a história é narrada, o veredito será dado pela Corte dos Estados Unidos. A peça então mostra as aventuras dos anti-herois durante os quatro dias que antecedem a sentença.

Segundo o diretor, a comicidade do espetáculo parte de todos os absurdos que cada indivíduo é capaz de fazer para atingir pequenos objetivos pessoais.

Exemplo disso é o jovem Edgard (Kleber di Lázzare). "Ele se formou em Direito para ganhar o processo na Justiça. Não tem nenhum outro propósito com o estudo. Mas logo é deportado", conta o diretor.