A temporada 2013 da Stock Car terminou ontem da melhor maneira possível. Após predomínio absoluto de Cacá Bueno nos cinco últimos anos, quatro pilotos chegaram a Interlagos para a Corrida do Milhão com chances de levantar o caneco.

E em prova repleta de ultrapassagens, toques e opções, Ricardo Zonta venceu e levou o prêmio de R$ 1 milhão, mas foi o xará Ricardo Maurício, que após superar com habilidade o rival direto Thiago Camilo, a três voltas do fim, terminou na segunda posição e levou o bicampeonato da Stock Car – foi campeão também em 2008.

Na pontuação final da principal categoria do automobilismo brasileiro, Ricardo Maurício alcançou 218 pontos, apenas três à frente de Thiago Camilo. Cacá Bueno chegou a 196 e seu companheiro Daniel Serra, em razão da quebra, estacionou nos 181.

EMOÇÃO

Antes do início da corrida, as atenções estavam sobre o líder do campeonato, Thiago Camilo, que largava em terceiro, e o vice-líder da competição, Daniel Serra, que partia do quarto posto. Mas quando Serra teve problema logo no início, Ricardo Maurício, que começou na sexta posição, passou a ver o título com maior possibilidade. Mantendo-se em quarto, via o pole position Allam Khodair duelar com Thiago Camilo pela pela liderança.

Após as paradas obrigatórias para reabastecimento e troca de pneus, Ricardo Zonta foi quem se transformou no centro das atenções ao tirar a ponta de Khodair. O Japonês Voador ainda foi superado por Thiago Camilo. A partir daí, era o momento de Ricardo Maurício agir.

Com bastante perícia, passou Allam Khodair e partiu para a caça de Thiago Camilo. E em uma manobra perfeita sobre o então principal rival ao título, a três voltas do fim, alcançou a segunda posição, contou com a queda de rendimento do carro do adversário – terminou em sexto – e sequer se importou com a pressão sofrida por Cacá Bueno.

“Foi uma corrida difícil. O pessoal fala que sou regular e frio. Nessas horas precisa ter muita frieza mesmo. Acho que era o terceiro mais ansioso do grid. Para o Cacá, o que viesse era lucro, pois a diferença de pontuação era muito grande. Quem tinha muito mais a perder era o Thiago e o Serrinha, pois eles estavam na minha frente. Largando atrás, sabia que minha dificuldade seria muito maior. Minha tática era adotar estratégia diferente, não podíamos fazer o mesmo que os outros e deu certo”, disse Ricardo Maurício.