Reinaugurada no último dia 20, a Igreja Matriz São Sebastião, em Rio Grande da Serra, atriu cerca de 3.000 fiéis no último fim de semana.

Há dois anos, na madrugada de 3 de fevereiro de 2006, um acidente destruiu parte do prédio. “Eu havia vistoriado o teto da igreja durante a tarde. No dia seguinte, ia comunicar a Prefeitura e a Defesa Civil que a igreja deveria ser interditada. Por coincidência, na madrugada, o teto caiu”, lembra o padre Joaquim de Souza.

Para ele, que há mais de dez anos exerce o sacerdócio no município, a espera dos dois anos valeu a pena. “Ainda falta terminar o muro da frente, plantar o jardim e fazer alguns acabamentos, mas a igreja está muito mais bonita do que imaginei.”

Segundo o padre, que já foi pedreiro, ele mesmo negociou a compra de materiais para a reconstrução. Foram gastos cerca de R$ 240 mil.

“A Prefeitura ofereceu apoio técnico, mas a obra está sendo custeada com doações dos fiéis”, diz.

“É praticamente o novo cartão-postal da cidade”, diz Benedito dos Santos, 71, que mora há cinco décadas na cidade e trabalha voluntariamente na horta mantida pela igreja.

Para Maria Gomes Santos de Melo, proprietária de um lanchonete próxima do local, “a nova igreja está melhorando o movimento do comércio”.

Localizada ao lado da nova igreja, a Capela Santa Cruz, considerada a pedra fundamental da cidade, não compete com o novo prédio, segundo o padre. “Elas se completam. É muito importante manter a capela, que é uma das seis mais antigas do Brasil”, conta.