Política Titulo São Bernardo
CPI da OAS ouve hoje Luiz Marinho

Ex-prefeito de S.Bernardo presta depoimento que promete tumultuar trabalhos na Câmara

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
19/08/2021 | 00:00
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Claudinei Plaza/ DGABC


Ex-prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT) vai depor hoje, a partir das 15h, na CPI da OAS, instalada na Câmara para apurar a relação da empreiteira com a administração municipal. A oitiva estava agendada para o dia 13, mas foi transferida a pedido do petista – e acatada pela presidência do bloco.

O depoimento é bastante aguardado no meio político da cidade. De um lado, aliados do prefeito Orlando Morando (PSDB), maioria na CPI, devem colocar Marinho na parede com relação às acusações de corrupção feitas pelo ex-presidente da OAS Léo Pinheiro e pelo ex-diretor da empresa José Ricardo Breghirolli.

Do outro, Marinho promete subir o tom contra o trabalho da CPI. A única petista na comissão, a vereadora Ana Nice, já disse que a atuação do bloco tem sido feita para blindar Morando e imputar responsabilidades inexistentes no governo de Marinho. O ex-prefeito tende a corroborar com essa linha e adicionar seu tempero às críticas.

O Diário apurou que uma das estratégias estudadas pelo corpo de advogados que assessorará Marinho é envolver o presidente da CPI, Mauricio Cardozo (PSDB), no depoimento. O tucano foi diretor da Secretaria de Serviços Urbanos durante boa parte da gestão Marinho, indicado pelo ex-vereador Ramon Ramos (morto em 2019).

A oitiva de Marinho pode ser a última cartada da comissão para avançar na apuração. Isso porque houve arrefecimento do tom adotado nos trabalhos, que nos últimos meses estacionaram nas conversas com técnicos que atuaram na construção do Piscinão do Paço, principal obra tocada pela OAS em São Bernardo.

O relator da CPI, Julinho Fuzari (DEM), chegou a sugerir a convocação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sob alegação de que o nome do cacique petista também foi citado em depoimentos anteriores. A articulação sobre essa convocação, entretanto, não avançou. A validade da CPI expira no começo do próximo mês – ou seja, são duas semanas para produção de relatório e avaliação do plenário. 




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