Setecidades Titulo Educação
Professores da rede estadual têm
problemas com cadastro da vacina

Profissionais de licença e trabalhadores terceirizados não estão recebendo o QR code que o governo do Estado precisa enviar

Por Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
23/04/2021 | 00:01
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Profissionais da rede estadual de educação com 47 anos ou mais estão tendo dificuldades para concluir o cadastro e receber a vacina contra a Covid no Grande ABC. O Diário recebeu relatos de trabalhadores da rede em escolas de Mauá e Rio Grande da Serra que aguardam há dias pela emissão do QR code pela Secretaria de Educação.

Segundo informações apuradas junto à subsede da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) de Mauá, o problema tem afetado trabalhadores terceirizados e professores que não estão na ativa, como quem está usufruindo licença-prêmio oualgum outro tipo de afastamento.

Profissionais da EE (Escola Estadual) Clotilde Álvares Doratioto, EE Padre Afonso Paschotte e EE Jardim Cruzeiro, todas de Mauá, e da EE Cassiano Ricardo, de Rio Grande da Serra, estão aguardando desde antes o início da vacinação (que no Grande ABC começou em 10 de abril) pela conclusão do cadastro. Com idade entre 48 e 53 anos, os trabalhadores são contratados terceirizados ou docentes temporariamente afastados do trabalho.

A Secretaria de Estado da Educação informou que o processo de cadastramento segue operando, porém, os QR codes não são gerados de maneira imediata após o cadastro, por isso é preciso acompanhar o e-mail ou gerar o comprovante direto no VacinaJá (www.vacinaja.com.br). A pasta destacou que os profissionais da educação que estiverem dentro do grupo prioritário, em relação a idade e atuação em sala de aula, serão imunizados. Que não estão contemplados, nesta fase da vacinação, aqueles que estiverem em licenças/afastamentos que superem o período de 30 dias contados a partir de 12 de abril. Segundo a secretaria, até o último fim de semana 259.624 mil profissionais da educação já foram vacinados em todo o Estado. O governo não informou quantos desses são trabalhadores do Grande ABC.

ESTAGIÁRIOS
Em São Caetano, os estagiários do curso de medicina da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) também reclamam da falta de vacinas. Apesar de estarem no grupo prioritário para a imunização, 450 alunos entre os 1º e 7° semestres, que já atuam em unidades de saúde da cidade, não sabem quando vão tomar as doses do imunizante.

“Nos próximos dias volta o período de estágios e como vamos trabalhar sem a vacina? Isso prejudica a gente, no nosso aprendizado se não pudermos ir, e a população que é atendida”, afirmou a presidente do centro acadêmico do campus de São Caetano da USCS, Giuliana Loverra, 22, aluna do 5º semestre. A estudante afirmou que já foram enviados dois ofícios para a Prefeitura, além de um e-mail, e que não houve resposta.

Em nota, a Prefeitura de São Caetano informou que as estratégias de vacinação e distribuição de doses são organizadas pelo governo do Estado. Que a cidade recebe os imunizantes já destinados ao público-alvo que deverá recebê-las e que já solicitou mais doses ao governo. 




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