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Exército colombiano localiza cativeiro de Ingrid Betancourt
Por Das Agências
26/02/2002 | 00:38
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O exército colombiano localizou a zona onde rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) mantêm seqüestrada a candidata presidencial Ingrid Betancourt. Mas, segundo anunciou o chefe militar da região do sul do país, general Roberto Pizarro, a operação de resgate foi suspensa para não pôr a vida da candidata em perigo.

"Localizamos a área, mas suspendemos a perseguição aos delinqüentes a pedido da família da doutora Betancourt, que exige não pôr a vida dela em perigo", disse o comandante militar aos jornalistas na cidade de Florencia (sul), capital do departamento de Caquetá.

Pizarro comanda a Força Tarefa Conjunta do Sul, com jurisidção em uma vasta região selvagem e montanhosa do sul da Colômbia, na qual Caquetá está incluída.

Outra fonte militar disse à Agência France Presse que as tropas de ar e terra localizaram na zona montanhosa o local onde Betancourt está, mas "não farão nada que coloque sua vida em perigo".

Betancourt, 40 anos, líder do partido ecologista "Verde Oxígeno", foi capturada no sábado quando pretendia entrar por terra na antiga zona desmilitarizada do sul do país, que estava sob controle das Farc.

Com a candidata foram seqüestrados sua chefe de campanha, Clara Rojas, e os membros do comitê eleitoral Aldair Lamprea e Mauricio Mesa, além do fotógrafo francês Alain Keler, da revista Marie Claire.

Clara Rojas ainda está em cativeiro. Lamprea, Mesa e Keler já foram liberados.

Segundo fontes oficiais, os rebeldes pretendem trocar Betancourt e cinco legisladores, um ex-governador provincial e mais 80 membros da força pública mantidos como reféns por dezenas de guerrilheiros detidos, o que já foi negado pelo governo.

O presidente Andres Pastrana condenou o sequestro na segunda-feira, e afirmou que vai pedir o apoio da comunidade internacional e de todos os colombianos para lutar contra esse crime. Só no ano passado, foram registrados mais de três mil casos de seqüestros na Colômbia.

Pastrana anunciou ainda que as forças de segurança adotarão novas medidas para conter a onda de violência desatada pelas Farc e garantir as eleições legislativas de 10 de março e as presidenciais de maio.




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