Economia Titulo
Brasil precisa avançar na redução da burocracia, diz Burti
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
08/08/2010 | 07:06
Compartilhar notícia


"A carga burocrática é mais nociva do que a tributária para as micro e pequenas empresas". A afirmação polêmica é de alguém que acompanha e conhece bem a realidade dos empreendedores no País. Quem diz é o presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) e da FACESP (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo) , o empresário Alencar Burti.

Em recente passagem por Santo André para gravar programa de TV aberta, Burti discorreu sobre a importância de se reduzir custos e procedimentos para a abertura e funcionamento das empresas, para evitar a informalidade.

Ele avaliou que a Lei Geral da Microempresa foi um avanço - a legislação simplifica e diminui impostos para estimular a formalização de pequenos negócios - mas que ainda falta muito a ser feito. "Nas repartições públicas, há ainda obstáculos, para que o empreendedor tenha condições de ter receita e contribuir no aspecto formal", citou.

Burti fez críticas a leis como a da Capital de São Paulo que exige a colocação de faixas sinalizadoras nas vitrines e a norma federal que estabeleçe a necessidade do CDC (Código de Defesa do Consumidor) em todos os estabelecimentos comerciais.

Sua luta pela desburocratização é antiga. Em seu quarto mandato na ACSP e na FACESP, o dirigente também foi presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), do Sincodiv (Sindicato das Concessionárias de Veículos no Estado de São Paulo) e da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), entre outras entidades empresariais.

VIDA EMPRESARIAL

Burti conhece bem a vida empresarial, tendo o empreendedorismo como parte de seu DNA. Aos 13 anos, ele começou a trabalhar, primeiro em uma joalheria, e no ano seguinte, em uma empresa de exportação. Aos 30 anos, já casado e com dois filhos, resolveu montar seu negócio, abrindo uma loja de jóias. Anos depois, partiu para o ramo de concessionárias, na qual se mantém até hoje.

Ele afirmou que a ACSP tem procurado capitanear essa luta do microempresário, com o papel de consultoria para orientar na gestão dos estabelecimentos.

Avaliou ainda que o governo também precisa colaborar, reduzindo o custo da máquina gestora, para não comprometer os investimentos. E que falta planejamento de longo prazo. "Temos de pensar não só no nosso setor, mas no País, para que se possa antever riscos e criar oportunidades", afirmou.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;