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Associação de moradores do bairro Centreville racha e ex-presidente cria outro grupo

Calé e Marilda defendem visões diferentes sobre regularização do local em Santo André

Humberto Domiciano
03/12/2017 | 07:00
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Divergências políticas sobre a aceitação ou não do processo de regularização do Centreville, em Santo André, levaram a associação dos moradores do local a um racha, que resultou na criação de outra entidade no bairro.

No centro da discussão estão o antigo presidente da associação Tarcísio Calé e a suplente de vereadora Marilda Brandão (PMB), que é vice-presidente e deve ser conduzida ao posto.

Informações de bastidores dão conta de que, além do grupo político de Marilda, setores ligados ao PCdoB também estariam articulando resistência ao projeto.

Semana passada, Calé esteve na Câmara e fez discurso no qual defendeu a adesão dos moradores ao plano apresentado pela Prefeitura e pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano).

“A gente participou de todo o processo, que agora está chegando ao fim. Não dá para jogar 35 anos no lixo. Existe a possibilidade de começarmos a firmar negociação ainda neste ano. Então peço para as pessoas que venham fazer sua simulação na Prefeitura”, afirmou.

Em outubro, liderado por Marilda, um grupo reclamou de modificações na forma de pagamento e que essas alterações só foram informadas em setembro. Na ocasião, segundo a líder, um dos principais pontos negativos do contrato é que se o morador atrasar três meses o pagamento do acordo correria o risco de perder a propriedade.

Para o secretário de Habitação, Fernando Marangoni (DEM), a disputa não afeta a regularização do Centreville. “Estão tentando fazer manifestações para impedir que o processo avance, mas o trabalho não vai parar. É uma regularização do Estado, as condições são favoráveis e a CDHU segue trabalhando. O processo envolve 1.287 famílias, cada uma em uma situação, e foram criadas regras gerais. Até o momento acredito em 70% de adesão. O restante está ligado a excepcionalidades”, considerou o titular da Pasta.

As famílias terão prazo de até 30 anos para quitar a área e serão cobrados, conforme as tratativas, até 15% de sua renda. Se a prestação mensal exceder esse percentual, a companhia irá subsidiar a diferença.
Marilda foi procurada, mas não respondeu até o fechamento desta edição. 




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