Política Titulo Com minoria na casa
Lauro busca manobra para atrair PPS à base governista
Raphael Rocha
12/02/2017 | 07:00
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Divulgação


Em litígio com o bloco PPS-DEM, que conta com cinco vereadores, o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), prepara cartada para forçar que pelo menos os parlamentares populares-socialistas tenham de votar a favor de projetos do governo no Legislativo.

No fim de janeiro, em viagem a Brasília, Lauro pediu intercessão do deputado federal e presidente do PPS no Estado, Alex Manente, para que a bancada da legenda na cidade volte ao setor situacionista. Os vereadores Audair Leonel, companheiro Sérgio Ramos da Silva e Jeoacaz Coelho Machado, o Boquinha, foram eleitos dentro da coligação que apoiou a reeleição de Lauro, mas se rebelaram – ao lado dos democratas Salek Almeida e Revelino Teixeira, o Pretinho – por falta de mais espaço nos segundo e terceiro escalões.

Alternativa estudada por Lauro e Alex foi a indicação do ex-vice-prefeito de Ribeirão Pires Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), como secretário de Transportes. Dedé é um dos fiéis escudeiros de Alex. Sua nomeação seria utilizada pelo governo como forma de pressionar os populares-socialistas, já que a sigla seria contemplada no primeiro escalão. Reforçaria também o poder de persuasão de Alex sobre o partido em Diadema.

O alto escalão da administração admite renegociar os apoios com o PPS, desde que o nome do presidente municipal da legenda, José Carlos Gonçalves, esteja fora de lista de indicações a cargos comissionados. Ex-secretário de Transportes, José Carlos se tornou persona non grata no governo Lauro.

Caso a manobra dê certo, Lauro passaria a ter maioria na Câmara. Atualmente a base governista se resume a nove dos 21 vereadores. Com os três populares-socialistas, seriam 12 votos e maioria simples – projetos mais complexos ainda necessitariam de ao menos 15 votos, mas textos simples podem ser aprovados sem esforço.
Alex e Lauro não retornaram aos contatos para comentar o assunto.




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