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Mais do que um jogo assustador

Em aguardado retorno, ‘Resident Evil’ retoma clima de medo em novo passo da série

Por Luís Felipe Soares
12/02/2017 | 05:05
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Divulgação


O universo de Resident Evil passa por mudança. A popular série nasceu na década de 1990 com estilo tenso, se tornando a principal franquia dos videogames do gênero survival horror, no qual os gamers precisam encontrar meios de sobreviver em meio à história de terror. Uma guinada ocorreu no meio dos anos 2000, ampliando a dinâmica, focando no confronto contra as criaturas e assumindo postura de jogo de ação. Agora, o próximo passo da saga digital olha para o futuro lembrando, principalmente, que o espírito dos capítulos do passado ainda pode ensinar muita coisa – e que o vírus ainda está à solta.

Disponibilizado para PlayStation 4, Xbox One (R$ 249,90, em média, para ambos) e PC (R$ 99, em média), Resident Evil 7: Biohazard marca a abertura para outros caminhos. Quem estava acostumado com a dinâmica e a maior agitação dos três anteriores logo percebe que a tensão é o elemento-chave do novo título. A Capcom, empresa responsável pelo desenvolvimento da franquia, buscou influência em títulos como P.T., Outlast e Alien: Isolation para criar o clima assustador que tem agradado ao público nos últimos anos, com terror em primeira pessoa e escassez de itens.

Na trama, Ethan Winters recebe mensagem de sua namorada desaparecida há três anos e, mesmo que ela tenha falado para não procurá-la, o rapaz tem esperança de vê-la. É na casa da família Baker, no meio dos pântanos do Estado da Louisiana, nos Estados Unidos, que tudo ocorre. Claro que as explicações surgem aos poucos, com informações sobre os motivos da garota ter reaparecido depois de tanto tempo, quem são os integrantes do bizarro clã, o que ocorreu no local e de quem forma a trajetória de Winters (protagonista inédito) se encaixa no mundo de Resident Evil. 

As primeiras demos podem ter apresentado estilo mais parado, mas os combates com estranhos seres e personagens estão lá. Também não ficam de fora referências ao restante da série, incluindo fotos e jornais falando sobre o já conhecido caos em Raccoon City.

Parte do bom resultado final do game é colocar uma figura comum no centro das atenções. Nada de militares prontos para ação, abrindo espaço para que o público se sinta mais incluso no conto. O retorno da câmera em primeira pessoa tem impacto direto nessa questão, com o medo da tela influenciando os sentimentos de quem está no comando do controle. Claro que não se pode esquecer que é um videogame, com situações absurdas e divertidas, como grampear um braço que foi arrancado.

Resident Evil 7: Biohazard pode parecer espécie de história paralela ao que ocorreu no passado, mas a impressão que fica é que os idealizadores prepararam terreno para futuras aventuras. As pequenas revoluções apresentadas pela franquia – chamativa o bastante para inspirar seis filmes nos cinemas – mostram que ela representa mais do que um ‘jogo de zumbi’. Os acontecimentos em torno de Winters são assustadores o bastante para manter viva a curiosidade do público e para instigar os desenvolvedores a procurar possibilidades dentro desse universo. 




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