Mais um brasileiro entrou para a história das Olimpíadas. Desta vez, trata-se do canoísta Isaquias Queiroz que, ontem, ao lado de Erlon de Souza, levou a medalha de prata no C2 1.000 m da canoagem velocidade, ficando atrás apenas dos alemães Sebastian Brendel e Jan Vandrey.
Queiroz alcançou um feito inédito para o esporte brasileiro, pois com esta conquista ele chegou à terceira medalha na Rio-2016 (antes, havia ganho outra prata, no C1 1.000 m, e o bronze no C1 200 m). Antes de Isaquias, quatro atletas tinham conquistado duas medalhas em uma mesma Olimpíada: Guilherme Paraense e Afrânio da Costa, no tiro esportivo, nos Jogos de 1920, além dos nadadores Gustavo Borges, em 1996 e Cesar Cielo, em 2008.
Além de alcançar nova marca para o País, ele também atinge novo patamar na canoa mundial, já que nenhum atleta deste esporte havia chegado à conquista de três pódios em uma única edição de Jogos.
“Me dediquei para tentar fazer história e a gente conseguiu. É a força de vontade de querer mostrar o trabalho da canoagem do Brasil. As três medalhas não são só minhas. São do Brasil, da canoagem, da Bahia”, destacou Isaquias Queiroz, que exaltou o apoio que recebeu do público na Lagoa Rodrigo de Freitas. “Fiquei surpreso para caramba, mas fiquei muito feliz. Um atleta que nunca tinha ganhado medalha na Olimpíada e o pessoal ter esse carinho.”
A PROVA
A dupla brasileira era considerada favorita para vencer a prova – foram campeões do mundo e dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, ambos em 2015. Isaquias e Erlon largaram lado a lado dos alemães, nas raias cinco e quatro, e começaram a disputa na frente. Porém, nos metros finais os europeus assumiram a ponta e fecharam a prova em 3min43s912, contra 3min44s819 dos representantes do Brasil. O bronze ficou com os ucranianos Dmytro Ianchuk e Taras Mishchuk (3min45s949). (com Agências)