Política Titulo Diadema
MP abre inquérito para apurar contratos de Lauro

Acordos entre Sustentare S/A e Planeta Educação e governo do verde somam R$ 44,9 milhões

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
27/02/2016 | 07:00
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Orlando Filho 3/2/15


O Ministério Público de Diadema instaurou dois inquéritos para apurar contratos da gestão do prefeito Lauro Michels (PV). Os acordos envolvem empresas prestadoras de serviço de coleta de lixo e de desenvolvimento de projetos educacionais. Os convênios somam R$ 44,9 milhões, pagos pelo governo municipal.

As representações foram feitas pelo presidente paulista do PTB, deputado estadual Campos Machado, à Promotoria em Diadema. Nesta semana, a promotora Luciana Vieira Dallaqua Vinci informou ao petebista que as duas denúncias estão oficialmente em investigação, o que permite oitivas com os representantes das empresas e também da administração. Caso encontre irregularidades, o MP pode propor ação civil pública contra os envolvidos à Justiça.

O contrato com a Sustentare Saneamento S/A, de R$ 19,4 milhões, foi assinado por Lauro em janeiro do ano passado. O dono da empresa era investigado por supostamente integrar a Máfia do Lixo, que fraudava licitações em São Paulo e no Distrito Federal.

Adilson Alves Martins, diretor-presidente da Sustentare, chegou a dirigir a Qualix Serviços Ambientais Ltda, ré em processos movidos pelo Ministério Público paulista – na gestão de Marta Suplicy (PMDB) à frente da prefeitura de São Paulo – e do Distrito Federal por suspeita de integrar cartel de companhias de tratamento de resíduos sólidos que fraudavam e superfaturavam contratos com o poder público. Martins nega as acusações e diz ter “conduta ilibada e destacada atuação profissional”. Ele afirma também que os casos em apuração precedem seu ingresso no quadro societário da companhia, portanto, não pode responder judicialmente pelas acusações.

O outro acordo sob a mira do MP é com a Planeta Educação, de R$ 25,5 milhões, para implantação e desenvolvimento de ações e projetos educacionais que promovam a melhoria dos índices educacionais do município. A empresa é investigada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) ABC por supostamente fraudar licitação em São Bernardo. A companhia educacional nega irregularidades.

Sobre os contratos, Lauro já disse não ver ilegalidades. Alegou, quando firmou os convênios, que todas as etapas de licitação foram legalmente cumpridas. 




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