Diarinho Titulo Jogo milenar
Todos atentos ao tabuleiro de xadrez

Estratégias e muito raciocínio são características do jogo milenar para todas as idades

Tauana Marin e Leonardo Santos
01/11/2015 | 07:34
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Marina Brandão/DGABC


Nada de videogame, bonecos ou bolas. A brincadeira é no tabuleiro e exige muito raciocínio e estratégia. O xadrez é um jogo milenar surgido na Índia no século 6 e que ganhou o mundo com o passar do tempo, seja em competições oficiais ou como um divertido passatempo. Mesmo em meio a uma era extremamente digital, ele ainda possui muitos adeptos de todas as idades no Grande ABC. 

Aluno da Emeief Professora Maria Cecília Rocha, de Santo André, Kauan Luiz Melo Ramos, 11 anos, conheceu o jogo neste ano. “Não acho difícil. Basta prestar atenção. Observar sempre a última peça que o jogador adversário movimenta.” Agora que pratica bastante, o garoto exercita os ensinamentos aos fins de semana com seu primo. “Quero ganhar um (tabuleiro) no fim do ano.”

Emily Toledo Farias, 11, da Emeief Carolina Maria de Jesus, também de Santo André, teve o primeiro contato com xadrez junto aos professores da escola. “Vi que eu tinha aptidão para jogar e hoje adoro. Inclusive, participo dos campeonatos da cidade. Toda sexta-feira pratico com meu irmão de 5 anos. Já estou ensinando para ele. Ficamos horas jogando, sem perceber”, conta a estudante.

Mesmo não tendo alguém que jogue em casa, Bruno Madergan Costa, 8, da Emeief Salvador dos Santos, de Santo André, ganhou um tabuleiro. “É como se eu fosse os dois jogadores. Assim vou treinando minha mente para quando for para as competições.”

INFLUÊNCIA

Inspirada no pai, Ana Vitória Carvalho Silva Menezes de Araújo, 11, joga xadrez desde os 4 anos de idade. “Já consigo ganhar dele. Fico atenta aos quatro cantos do tabuleiro e presto muita atenção nas jogadas, no objetivo do meu adversário ao andar com as pedras”, conta a aluna da Emeief Cora Coralina. Ela, como os demais estudantes das escolas municipais andreenses, participa de aulas de xadrez durante a semana. “Se temos potencial para jogar, participamos de campeonatos e isso é muito legal”, declara a menina. 

João Guilherme Fonseca, 11, estudante do Colégio Cammicare, em Santo André, despertou seu interesse por damas e xadrez através de jogos virtuais. “Comecei o curso neste ano na minha escola e já sei que quero continuar jogando quando crescer”, revela o garoto. “Já representei o colégio nos Jogos Escolares. Não consegui uma boa posição, mas agora já tenho mais experiência e confiança para o ano que vem”, comenta.

Sua amiga Isabelle Matins Dantas, 12, revela que o contato com o xadrez também veio de casa. “Cresci com jogos de tabuleiros e aos 9 eu já jogava com meus parentes.” Segundo ela, “de certo modo, sinto-me mais inteligente. Agora sou mais concentrada”, afirma.

Além de divertido, jogar pode ajudar em sala de aula

O xadrez não exercita apenas a concentração das pessoas durante as jogadas. Um ponto importante da modalidade é estimular o raciocínio lógico, ou seja, quanto mais se treina, maior será a facilidade para resolver outros problemas, casos de lições de matemática. 

Além disso, é capaz de ajudar no controle da ansiedade dos praticantes. A pessoa pode ficar mais paciente na espera do movimento do adversário durante as rodadas. 

Por ser uma diversão de estratégia, é preciso pensar rápido nas jogadas. Não é à toa que muitas escolas, tanto as particulares quanto as públicas, oferecem o xadrez em suas grades disciplinares. Muitos alunos que antes tinham complicações para aprender conseguiram melhorar sua performance em sala de aula. Nos Jogos Escolares realizados nas cidades, incluindo nos municípios do Grande ABC, a atração é uma das modalidades da competição. 

MUNDO VIRTUAL

Além dos tabuleiros, o xadrez também tem versão virtual. Os primeiros programas de computador com o jogo surgiram nos anos 1950 e os competidores podem se divertir on-line com pessoas de todo o mundo. Utilizar o computador pode ajudar a aperfeiçoar as técnicas, mas há quem diga que jogar no tabuleiro é bem mais divertido.

REGRAS DO XADREZ

- Quem estiver com as peças brancas começa o jogo contra o jogador com as peças pretas;

- Ao tocar uma peça, mesmo por engano, o jogador é obrigado a movimentá-la, sem chances de voltar atrás;

- Uma peça não pode ocupar a casa de outra peça da mesma cor;

- Ao ser ameaçado com a palavra ‘xeque’, o rei deve sair da casa ocupada.

PONTUAÇÃO DAS PEÇAS

- 1 Rei – valor: 0

- 1 Dama/Rainha — valor: 9

- 2 Bispos – valor: 3 (cada) 

- 2 Cavalos – valor: 3 (cada) 

- 2 Torres – valor: 5 (cada)

- 8 Peões – valor: 1 (cada) 




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