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Buracos de obra obstruem av. Cap. José Gallo
Por Daniel Trielli
Especial para o Diário
28/12/2005 | 08:24
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Quando a construção do coletor-tronco foi iniciada na avenida Capitão José Gallo, em Ribeirão Pires, os comerciantes do local torceram para que ela fosse concluída rapidamente, para que o cotidiano da via voltasse ao normal. Mas, quando a obra feita pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) foi embargada pela Prefeitura, o problema ganhou novas proporções. Enormes crateras, cheias de água, foram abandonadas em toda a Capitão José Gallo.

Ao todo, são seis buracos na avenida e na rua Kaethe Richars. Mas, segundo o diretor de tecnologia e planejamento da Sabesp, José Everaldo Vanzo, apenas dois buracos – ambos na avenida – são da obra embargada. As demais aberturas seriam de outros serviços isolados. Os dois buracos em questão ficam a cerca de 50 metros entre si, com 4 metros de largura e 8 de profundidade, cheios de água e lixo. A preocupação dos comerciantes da via é que as crateras se tornem pontos de proliferação de doenças. “Fico preocupada, com certeza. Ainda mais com a campanha da dengue”, diz a balconista Marilza Mendes, 29 anos.

A comerciante Ana Maria Pelinson, 48 anos, torcia para uma conclusão rápida da obra. “É uma coisa que prejudica todo mundo da rua”, diz. “Eles têm de resolver isso logo. Pode trazer doença, dengue. É um perigo danado e quanto mais fica aí, maior é o risco”, fala o comerciante Renato Adestro, 50 anos, da mesma loja.

Em frente a um dos buracos está a bicicletaria onde Cleuza Soares, 43 anos, trabalha como balconista. “Com o nosso estabelecimento tampado, as pessoas nem vêem que é uma bicicletaria e a gente perde negócio”, diz Cleuza.

Segundo o secretário adjunto do Verde e Meio Ambiente de Ribeirão Pires, César Lombardi, a obra foi embargada após serem constatados problemas de rachaduras nas construções da avenida. “Toda a mecânica do subterrâneo em um raio de 50 a 60 metros foi afetada. O lençol freático foi atingido e por isso os buracos estão cheios de água”. Lombardi diz que a limpeza dos buracos será feita pela Prefeitura. “Essa parte sanitária não foi feita antes porque dependíamos de uma definição judicial sobre os compromissos da Sabesp, que saiu há dez dias. Agora, será feita a desinfecção dos buracos”, promete.

Vanzo nega que a obra teria causado problemas nos prédios da região. “Veio como surpresa o embargo, já que não haviam sido constatadas rachaduras”. Além disso, ele afirma que o acúmulo de água é natural e que o procedimento de retirada é simples. “Mas, com essa ação ficamos impedidos de remover o excesso de água dos locais”, diz.




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