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Por que a cobra tem veneno?

Réptil tem diversos modos de se defender e algumas espécies são perigosas

Bruna de Grande
12/04/2015 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


O veneno é um mecanismo que algumas cobras usam para caçar as presas e também pode ser usado como defesa. Mas nem todas as cobras produzem essa substância perigosa.

No Brasil, existem 386 espécies de serpentes, sendo 62 peçonhentas (venenosas), que podem causar acidentes com envenenamento. Elas são divididas em quatro grupos: jararaca (que possui cauda lisa), cascavel (que tem um chocalho na ponta da cauda), surucucu (que conta com escamas de cauda arrepiadas) e do padrão coral. As três primeiras são caracterizadas por apresentar, entre o olho e a narina, um orifício virado para frente chamado de fosseta loreal. É um órgão que capta pequenas mudanças de temperatura nas presas que servirão de alimento a elas.

O veneno não é a única tática de defesa das cobras. As inofensivas costumam imitar as perigosas e as cores e desenhos que possuem no corpo fazem com que as pessoas e outros animais as confundam com o ambiente em que vivem. Achatar a cabeça ou o corpo para parecerem maior do que são e escancarar a boca para aparentarem ser agressivas também são atitudes típicas desses animais na hora de se defender.

Cuidados com as picadas devem ser urgentes para evitar mortes

A picada de qualquer uma das cobras que pertencem a um dos quatro grupos peçonhentos (com veneno) pode causar a morte de pessoas. Apesar do perigo, os casos não são muito comuns.

Cerca de 30 mil acidentes ocorrem no Brasil a cada ano, mas 0,5% dos casos geram mortes. Geralmente, a morte acontece devido ao acidentado demorar muito para chegar a um hospital ou por conta do uso de práticas caseiras que não resolvem o problema e ainda atrapalham o processo de cura.

No caso de ser picado, é importante lavar com água e sabão o local da picada e mantê-lo mais elevado que o resto para diminuir o inchaço. Deve-se ir ao hospital com urgência logo em seguida.

Consultoria de Giuseppe Puorto, biólogo e diretor do Museu Biológico do Instituto Butantan, de São Paulo.




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