Os US$ 5 bilhões anuais complementares, anunciados no começo deste ano pelo presidente George W. Bush, podem não ir necessariamente para os mais necessitados, mas para quem demonstrar maior disposição em adotar as políticas liberais propostas por Washington.
Ao apresentar os novos critérios, os funcionários de Washington alegaram que as novas exigências devem gerar "competição" entre os países pobres para ter acesso à ajuda.
Na Conferência da ONU para o desenvolvimento em Monterrey (México) em março, Bush havia sugerido a questão ao anunciar um "novo contrato" entre países ricos e pobres, segundo o qual cada um devia dar maiores demonstrações de responsabilidade e transparência para obter e utilizar o dinheiro da ajuda ao desenvolvimento.
"Muitos dos modelos usados para distribuir ajuda ao desenvolvimento foram superados", destacaram funcionários do governo Bush ao apresentar os detalhes da nova política.
O governo de Bush, ao elaborar esta nova política, se baseou principalmente em elementos do "plano de ação para a África', apresentado pelo G-8 (países industrializados mais a Rússia) na Cúpula de Kananaskis (Alberta, Canadá) em junho.
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