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'Controle Absoluto' retoma o tema da inteligência artificial
Carla Navarrete
Do Diário OnLine
26/09/2008 | 07:00
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Em 1968, Stanley Kubrick levou às telas a história de um supercomputador que tenta controlar uma missão espacial e eliminar seus tripulantes humanos. O filme era "2001: uma Odisséia no Espaço" e virou referência para os longas sobre máquinas que querem dominar os homens que se seguiram nas próximas décadas. Alguns vingaram, como a trilogia "Matrix" e "A.I.: Inteligência Artificial", enquanto outros, não. "Controle Absoluto", que estréia nesta sexta-feira nos cinemas do Grande ABC e de São Paulo (veja o trailer), parece se encaixar na segunda categoria.

A história gira em torno de Jerry Shaw (Shia Labeouf), um jovem que ainda não encontrou seu lugar no mundo, e que vive à sombra do irmão gêmeo perfeito, que é da Força Aérea americana. Mas o parente militar morre e, misteriosamente, um arsenal para terrorista nenhum botar defeito aparece no quarto do protagonista. Ao mesmo tempo, uma voz de mulher liga para o seu celular e diz que ele foi "ativado".

Enquanto isso, a mãe solteira Rachel (Michelle Monaghan, de "O Melhor Amigo da Noiva") também é abordada pela mesma voz, e o caminho dos dois se cruza. Para sobreviverem, eles precisam obedecer às ordens passadas por telefone e não podem fugir, já que são monitorados por todos os tipos de aparatos tecnológicos possíveis, como um simples celular ou até mesmo um letreiro de rua. Ou seja, os mecanismos que deveriam deixar a nossa vida mais fácil se tornam os vilões.

Quando se dão por conta, Jerry e Rachel estão envolvidos em uma dessas conspirações que envolvem o governo dos Estados Unidos. Daí por diante, o filme vira uma daquelas corridas contra o tempo de sempre. O que o salva, um pouco, é a participação de Billy Bob Thorton ("A Última Ceia") como o agente do FBI Thomas Morgan.

A idéia de "Controle Absoluto" foi pensada inicialmente por Steven Spielberg, que acabou apenas como produtor executivo do longa. Talvez, se o diretor de ‘A.I.' tivesse ficado até o fim, o trabalho poderia ter dado certo. Mas, nas mãos de D.J. Caruso ("Paranóia"), não passou de mais uma ação mediana como muitas que são feitas nos estúdios de Hollywood. Seu vilão, o supercomputador Aria, é capaz de controlar todo um país, mas, ainda assim, não chega aos pés do HAL 9000 de Kubrick.




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