Ao contrário do que o presidente da Fifa, Joseph Blatter, indicava, a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul não terá nenhuma novidade com relação às regras e novas tecnologias. O próprio mandatário da entidade confirmou ontem, na Cidade do Cabo, após reunião extraordinária do Comitê Executivo da Fifa, que não será imposta mudanças no torneio.

Foram descartados o uso da tecnologia em lances polêmicos, e também o aumento no número de árbitros nas partidas. "O futebol é um esporte espontâneo, cheio de tensão. Não podemos imaginar que as partidas sejam interrompidas para a análise de um lance. É a arbitragem que esclarecem a situação, temos de manter o espírito", explicou Blatter, que disse ser a favor que dois juízes sejam colocados atrás dos gols para ajudar os auxiliares em lances complicados.

"Não podemos, por exemplo, buscar soluções tecnológicas para analisar os impedimentos ou ver se houve um puxão de camisa. Isso é impossível. Não interromperemos o jogo para saber se existiu falta ou não. O futebol não é como o tênis, e não pode perder seu caráter humano", afirmou.

No entanto, o presidente da Fifa ressaltou que as discussões sobre mudanças nas regras não estão descartadas e serão retomadas logo após o Mundial. "Não vamos fechar as portas para o futuro. Estudaremos o tema da tecnologia e de árbitros adicionais para controlar os jogos. Uma comissão será formada para isso", ressaltou Blatter.